25/03/2024 19h44
Foto: Reprodução
Mulheres trabalhadoras têm salários 23,9% menores que os dos homens, em média, no Rio Grande do Norte. Os dados são do 1º Relatório de Transparência Salarial publicado pelo governo federal com recorte de gênero.
A diferença salarial no estado é maior que a média nacional. No Brasil como um todo, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens.
O documento, apresentado nesta segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE) conta com dados de 500 empresas potiguares com mais de 100 funcionários. Juntas, elas possuem 168,2 mil empregados.
Segundo o governo federal, a exigência do envio de dados atende à Lei nº 14.611, sobre a Igualdade Salarial e Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, sancionada pelo presidente Lula em julho de 2023.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grupo ocupacional. No Rio Grande do Norte, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 23,1%.
No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, embora sejam maioria no mercado de trabalho potiguar, recebem menos do que as mulheres brancas. Enquanto a remuneração média da mulher negra é de R$ 2.001,34, a da não negra é de R$ 2.390,33. No caso dos homens, os negros recebem em média R$ 2.710,76 e os não negros, R$ 3.082,27.
O Relatório também contém informações que indicam se as empresas têm políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.
No caso do Rio Grande do Norte, o relatório registrou que 42,9% das empresas possuem planos de cargos e salários; 26,9% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência; 17,8% têm políticas de apoio à contratação de mulheres; e 14,2% adotam incentivos para contratação de mulheres negras.
G1RN
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