A plataforma Vai Rolar Evento (VRE) realizou no último mês de outubro a sua primeira pesquisa nacional, com ajuda da ferramenta On the Go Chatbots. O estudo ouviu 450 entrevistados entre 25 e 59 anos e reflete a situação e as expectativas atuais dos profissionais do segmento de eventos no Brasil.
Entre os apontamentos mais importantes, a pesquisa mostra que 84% dos profissionais de eventos trabalharam pela última vez, de forma presencial, antes do início da pandemia no País, em março de 2020. Logo, apenas 16% trabalharam presencialmente após o lockdown. Mais impactante ainda, outro dado aponta que 61% não fizeram nenhum trabalho remunerado durante toda a pandemia. Isso significa que quase dois terços dos trabalhadores da área dependeram do auxílio do Governo Federal para ter alguma renda.
O estudo também mostra que um terço das empresas de eventos estão com as portas fechadas, seja temporariamente (28%) ou definitivamente (4%), e que 68% continuam operando de forma reduzida, enquanto apenas 4% voltaram a funcionar como antes da Pandemia.
Segundo Henrique Donnabella, idealizador da plataforma Vai Rolar Evento, ainda não houve uma “quebradeira” e as empresas permanecem vivas, porém, com os seus quadros de funcionários bastante reduzidos. “Temos que olhar para a crise e para as oportunidades. Tivemos o boom das lives, dos drive-ins, mas a preocupação é com o pequeno, porque, de certa forma, o grande artista possui patrocínios, recebe dinheiro com direitos autorais, faz lives e consegue levantar recursos”, explica.
Fruto da inatividade do segmento, quase metade dos profissionais do setor tem buscado recolocação em outras áreas (46%). Por outro lado, 47% desses trabalhadores estão esperançosos que os eventos voltem a acontecer já no primeiro semestre de 2021. Após a pandemia, parte do mercado acredita que o número de eventos será superior, inclusive ao de espaços existentes, e que exigirá pessoas capacitadas e disponíveis nas grandes cidades.
De acordo com a pesquisa, cerca de 40% dos profissionais acreditam que os eventos devem aumentar, 36% pensam que devem diminuir e, por outro lado, 25% supõem que vão permanecer da mesma forma que era antes da pandemia.
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