Um aumento
de 187% nas vendas para o mercado externo. O melão produzido no Rio
Grande do Norte movimentou mais de 39 milhões de dólares de janeiro a
junho deste ano – uma produção de 65 mil toneladas – aumento que se deu,
principalmente, pela migração de produtores em busca de áreas ricas
para produzir.
“Principalmente
porque o Ceará, que era também um grande estado produtor, tem problemas
hídricos. Como não há água suficiente lá, muitos produtores migraram
para o Rio Grande do Norte já desde o final do ano passado. Então, esses
números começam a refletir agora, a partir do primeiro semestre deste
ano”, ressaltou Luiz Roberto Barcelos, presidente do Comitê Executivo de
Fitossanidade do Rio Grande do Norte (COEX).
Produtores estão investindo em tecnologia (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Poços profundos
A
estratégia dos produtores tem sido aproveitar o subsolo da região para
perfurar poços cada vez mais profundos. A medida deve garantir o
crescimento no decorrer do ano, inclusive com aumento de 5% na área
plantada – 1.000 hectares a mais.
A produção
do melão no Rio Grande do Norte corresponde a 50% da produção
brasileira. A fruta produzida no estado abastece o mercado interno
durante o ano todo. Mas, é no período da safra, que dura em média 8
meses, que o mercado internacional também sente o gosto da fruta.
A partir
de agosto, mais da metade da produção do estado (que chega a 400 mil
toneladas) vai principalmente para países da Europa, como Inglaterra e
Espanha.
Para os próximos meses, produção deve aumentar ainda mais (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Tecnologia
Numa
fazenda em Tibau, na região Oeste potiguar, quase na divisa com o Ceará,
a área plantada deve permanecer a mesma: 10 mil hectares. Mas, a
produção vau aumentar, já que processo de colheita será mais rápido.
Com o
investimento em tecnologia feito no início do ano, o trabalho que era
manual agora é mecanizado. “A gente tá esperando produzir 250 mil
toneladas nos 10 mil hectares”, revelou o técnico agrícola Valmir Lins.
Por Ivanúcia Lopes, Inter TV Cabugi
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