Começam a surgir as primeiras boas notícias sobre o comportamento das
águas do Pacífico, que determinam as estações de chuva e seca no
Nordeste brasileiro. Há indícios de que o fenômeno “La Niña” deve chegar
em outubro deste ano. “Mas embora seja animadora, a notícia não deve
ser recebida como uma verdade absoluta. É uma informação técnica que
deve ser analisada, sem, no entanto, descuidar da economia necessária de
água diante da crise atual”, ressalta o agrônomo José Procópio de
Lucena, articulador estadual do Seapac e atual presidente do Comitê da
Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu.
O “La Niña” já começa a se configurar no Oceano Pacífico a partir do
início da próxima primavera e deve ser tão prejudicial para a
agricultura quanto seu predecessor, El Niño (2015/16). Isso é o que
apontam os meteorologistas da Climatempo, apontando que haverá secas no
Sul e aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste, por conta de
mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura ao
redor da Terra.
“La Niña é a fase fria de um fenômeno atmosférico-oceânico. Ela é
caracterizada pelo esfriamento anormal das águas superficiais do Oceano
Pacífico Tropical”, explica a meteorologista Bianca Lobo. Segundo ela,
este fenômeno altera toda circulação de umidade e calor ao redor do
globo, alterando ou potencializando características normais das estações
do ano.
0 comentários:
Postar um comentário