ENVER, 10 Nov. 16 / 07:00 am (ACI).-
A Irmã Maria Socorro é uma religiosa que se dedica a acompanhar os
doentes terminais em sua agonia. Ela passa noites e, se necessário,
madrugadas inteiras junto com eles, consolando e acompanhando-os no
momento em que partem para a Casa do Pai.
A religiosa Maria Socorro contou ao jornal americano ‘Los Angeles Times’
que para ela, a cama onde o doente está deitado “é a Cruz” e o paciente
“é Cristo”.
Uma de seus pacientes atuais é Esperança Calderón, uma mulher de 70 anos
que tem um tumor na cabeça e que não pode se mover sozinha. Todas as
noites um voluntário encontra a religiosa às 19h e a leva para a casa de
Esperança. Permanece lá a madrugada inteira rezando com a enferma,
consolando-a e atendendo-a. Também dá a comunhão para ela.
Irmã Maria relatou que costuma rezar antes de amanhecer para se
fortalecer e poder enfrentar a morte, pois existe sempre uma
possibilidade a cada noite que sai para servir. Assim como suas irmãs, a
Irmã Maria Socorro atende apenas um paciente durante um mês.
Sua vocação
A Irmã Maria Socorro, cujo nome de nascimento é Maria Román, descobriu a sua vocação à vida religiosa aos 18 anos. Sua irmã mais nova, Sofia, pediu que a acompanhasse a um retiro vocacional em sua cidade natal, Puebla (México).
A princípio não quis ir ao retiro, mas Sofia insistiu e disse que a
única forma do seu pai deixá-la ir, seria se a sua irmã a acompanhasse.
Maria não suportou ver sua irmã chorando e aceitou.
Mais de 100 jovens participaram deste retiro. Havia muitas dificuldades.
Não tinha comida para todas as participantes, dormiram amontoadas e a
água do chuveiro estava gelada.
No último dia, o sacerdote responsável pelo retiro leu durante a Missa
a passagem do Antigo Testamento onde um jovem chamado Samuel escutou
durante a noite que alguém o chamava pelo seu nome. Samuel acreditou que
era o sacerdote Eli quem o chamava e foi vê-lo. Entretanto, Eli disse
que ele não o tinha chamado.
Isto aconteceu várias vezes até que Eli disse a Samuel que Deus estava
falando com ele. Desse modo, o jovem percebeu que era o Senhor quem o
chamava.
Maria comentou que a história a comoveu profundamente. “Essa passagem era para mim. Deus estava me chamando”, assegurou.
Um ano depois, ela ingressou na Congregação das Servas de Maria
Ministras dos Enfermos, fundada na Espanha em 1851, onde tomou o nome de
Maria Socorro.
Esta congregação se dedica aos cuidados dos mais vulneráveis e cuidou
dos doentes em diversas epidemias e guerras ocorridas desde então.
Atualmente, são mais de duas mil irmãs em 128 conventos na Europa, Ásia,
África e América. As religiosas fazem seu apostolado em casas de
doentes, albergues, orfanatos e hospitais.
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