Há um ano, por volta das 10h, a aeronave Cessna 560 XL, prefixo
PR-AFA, caía no meio de uma área residencial do bairro Boqueirão, em
Santos, no litoral paulista. A bordo estavam o então candidato do PSB à
Presidência da República nas eleições de outubro 2014, Eduardo Campos,
de 49 anos, e mais seis pessoas (quatro assessores, o piloto e o
copiloto). O acidente, até hoje não esclarecido, mudou os rumos do
pleito presidencial e os cenários políticos pernambucano e brasileiro.
“Foi um fato extremamente traumático que mudou inteiramente as
condições da disputa eleitoral tanto interna, em Pernambuco, quanto em
nível nacional”, analisa o cientista político e professor da
Universidade Federal de Pernambuco, Michel Zaidan Filho. Herdeiro
político do avô, Miguel Arraes, Eduardo Campos, que era o terceiro
colocado nas pesquisas de intenção de voto à época, deixou a viúva,
Renata Campos, e cinco filhos.
A morte abrupta do político provocou comoção em Pernambuco. Milhares
de pessoas, de diversas regiões do estado, foram até Recife acompanhar
as cerimônias fúnebres, que duraram quatro dias. Personalidades do mundo
político, como a presidente Dilma Rousseff, que concorria à reeleição, o
candidato tucano Aécio Neves e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva participaram do velório, no Palácio das Princesas, sede do governo
pernambucano. No dia 17, o corpo de Eduardo Campos foi enterrado no
Cemitério de Santo Amaro, no mesmo túmulo do avô, que morreu no dia 13
de agosto de 2005.
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