Fundadora do Instituto de Desenvolvimento da Educação comenta projeto Escola dos Saberes e desafio de fazer as crianças gostarem de ler.
A escola é simples. Na entrada, uma doce menina repousa sentada nos degraus. Com um livro na mão e um belo sorriso no rosto, nos dá as boas-vindas. E ao entrar, a surpreendente cena de crianças saboreando diversas publicações, nos mais variados temas, enche os olhos de quem passear pelos corredores da Escola Estadual Hegésippo Reis, em Nova Descoberta, zona sul de Natal.
É lá que trabalha a doutora em Educação Cláudia Santa Rosa, na função de coordenadora pedagógica do projeto Casa dos Saberes. A instituição é uma das 145 do Rio Grande do Norte das quais ela ajudou a idealizar e desenvolver projetos vinculados ao Instituto de Desenvolvimento da Educação, que tem por finalidade promover a leitura literária destinada aos jovens de comunidades carentes de todo o estado.
E em um estado dominado por mulheres do Executivo ao Judiciário, Cláudia Santa Rosa também é presença feminina que se destaca numa espécie de peregrinação para transformar o RN em um estado melhor para a educação. Rodeada por seus alunos, a professora bateu um papo com a equipe do Nominuto.com, destacando o ainda pequeno incentivo do poder público na área da Educação e o desafio de habituar a leitura nas crianças desde os primeiros anos de vida.
Nominuto - Como surgiu o projeto Casa dos Saberes?
Cláudia Santa Rosa - O Projeto Casa dos Saberes teve início aqui mesmo na Escola Estadual Hegésippo Reis no ano de 2007. Um projeto que teve resultado logo nos primeiros meses, com o incentivo de leitura aos alunos e a formação de educadores mediadores de leitura e gestores de projetos de formação de leitores como principais ações do projeto da Rede. Este projeto faz parte da Rede Potiguar de Escolas Leitoras e já alcança 145 escolas públicas estaduais e municipais de Natal e Parnamirim, organizadas em 15polos de leitura. São cerca de 80 mil pessoas beneficiadas.
Nossa expectativa é de que a rede logo se espalhe pela região oeste do Estado. Desde o início, haja vista a legislação federal (Lei 12.244/10); a estadual (Lei 9.169/09) e a do município de Natal (Lei 6.094/10). que prevêem todas escolas tenham espaço próprio, bibliotecas contendo acervo de qualidade e profissionais capacitados.
Nominuto- As crianças resistiram muito no início a novidade de se tornarem leitores?
Cláudia Santa Rosa -Com certeza. Muitos achavam uma coisa chata. Hoje você vê que estas crianças realmente têm um gosto pela leitura. Todos estes alunos que estão aqui nesta manhã estudam à tarde. São moradores aqui de nova Descoberta que vem para cá para ficar lendo e brincando. O Pedro Henrique (um aluno de 7 anos do projeto) por exemplo, é fã de romances. Isso tudo é mérito de um trabalho para que a leitura deixe de ser algo chato e vire uma diversão, Para isso orientamos os professores a realizarem rodas-de-prosa, leitura coletiva, entre vários outros métodos pedagógicos de capacitação.
É lá que trabalha a doutora em Educação Cláudia Santa Rosa, na função de coordenadora pedagógica do projeto Casa dos Saberes. A instituição é uma das 145 do Rio Grande do Norte das quais ela ajudou a idealizar e desenvolver projetos vinculados ao Instituto de Desenvolvimento da Educação, que tem por finalidade promover a leitura literária destinada aos jovens de comunidades carentes de todo o estado.
E em um estado dominado por mulheres do Executivo ao Judiciário, Cláudia Santa Rosa também é presença feminina que se destaca numa espécie de peregrinação para transformar o RN em um estado melhor para a educação. Rodeada por seus alunos, a professora bateu um papo com a equipe do Nominuto.com, destacando o ainda pequeno incentivo do poder público na área da Educação e o desafio de habituar a leitura nas crianças desde os primeiros anos de vida.
Nominuto - Como surgiu o projeto Casa dos Saberes?
Cláudia Santa Rosa - O Projeto Casa dos Saberes teve início aqui mesmo na Escola Estadual Hegésippo Reis no ano de 2007. Um projeto que teve resultado logo nos primeiros meses, com o incentivo de leitura aos alunos e a formação de educadores mediadores de leitura e gestores de projetos de formação de leitores como principais ações do projeto da Rede. Este projeto faz parte da Rede Potiguar de Escolas Leitoras e já alcança 145 escolas públicas estaduais e municipais de Natal e Parnamirim, organizadas em 15polos de leitura. São cerca de 80 mil pessoas beneficiadas.
Nossa expectativa é de que a rede logo se espalhe pela região oeste do Estado. Desde o início, haja vista a legislação federal (Lei 12.244/10); a estadual (Lei 9.169/09) e a do município de Natal (Lei 6.094/10). que prevêem todas escolas tenham espaço próprio, bibliotecas contendo acervo de qualidade e profissionais capacitados.
Nominuto- As crianças resistiram muito no início a novidade de se tornarem leitores?
Cláudia Santa Rosa -Com certeza. Muitos achavam uma coisa chata. Hoje você vê que estas crianças realmente têm um gosto pela leitura. Todos estes alunos que estão aqui nesta manhã estudam à tarde. São moradores aqui de nova Descoberta que vem para cá para ficar lendo e brincando. O Pedro Henrique (um aluno de 7 anos do projeto) por exemplo, é fã de romances. Isso tudo é mérito de um trabalho para que a leitura deixe de ser algo chato e vire uma diversão, Para isso orientamos os professores a realizarem rodas-de-prosa, leitura coletiva, entre vários outros métodos pedagógicos de capacitação.
Foto: Elpídio Júnior
"Hoje você vê que estas crianças realmente têm um gosto pela leitura."
Nominuto- Existe uma idade adequada para começar a incutir a idéia de leitura nas crianças?
Cláudia Santa Rosa -Em minha opinião, o incentivo à leitura deve começar desde quando o bebê está no ventre da mãe. A mãe deve conversar com seu filho, contando histórias. Já nos primeiros anos de vida os pais devem contar as histórias presentes em livros de ilustração e quando as crianças forem são alfabetizadas deve-se iniciar o processo de leitura, independentemente do estilo.
Nominuto- Qual a participação da iniciativa pública e privada nestes projetos?
Cláudia Santa Rosa- A partir de meados de 2007, uma parceria do Instituto de Desenvolvimento da Educação e o Instituto C&A e o Governo do Estado, tem protagonizado iniciativas, tendo em vista a sua Política de Promoção da Leitura Literária nas Escolas. Trata-se de um movimento que não comporta retrocessos, justamente pelo fomento à construção da Rede Potiguar de Escolas Leitoras, tecida a partir do comprometimento das unidades de ensino.
Estamos mostrando ao poder público que é possível, mas ainda há muito a se fazer. Esperamos mais incentivos do Governo e já estamos dialogando com a Prefeitura de Natal para que este projeto se estenda as escolas do município
Nominuto - A senhora esteve na Colômbia recentemente. Comente as disparidades entre Bogotá e nossa capital potiguar no âmbito da leitura.
Cláudia Santa Rosa -Em agosto de 2010 tive a oportunidade de integrar uma comitiva composta por 50 educadores brasileiros que, durante uma semana, participou de um intercâmbio cultural em Bogotá/Colômbia, conhecida como a “Capital Mundial das Bibliotecas”. Além de mim, viajaram dez professoras de escolas públicas estaduais de Natal e Parnamirim, representantes dos cinco projetos de leitura vencedores do Concurso Escola de Leitores, promovido pelo Instituto C&A, em parceria, no Estado potiguar, (IDE) e a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC). A experiência de visitar bibliotecas esplendorosas, participar de seminários com renomados especialistas nas áreas de Educação e Leitura, conversas com escritores, bibliotecários e educadores, rendeu incontáveis aprendizados e reforçou pelo menos uma certeza: biblioteca não é luxo, mas sim um equipamento de fundamental. Por que não espalhamos bibliotecas pelos bairros distantes do centro? Aqui mesmo na Hegésippo Reis a antiga bibliotecária teve de assumir a direção da escola. Estamos com um professor a menos.
Foto: Elpídio Júnior
"Todo este acervo aqui da biblioteca Casa dos Saberes da Heggésipo Reis foi doado. Temos centenas de publicações", disse Cláudia.
Nominuto - Qual a importância das doações nos projetos do IDE e como maneira os interessados podem fazer doações de acervo?
Cláudia Santa Rosa - Todo este acervo aqui da biblioteca Casa dos Saberes da Heggésipo Reis foi doado. Temos centenas de publicações. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi muito importante porque cedeu pessoas da área de biblioteconomia para auxiliar na organização do acervo. Quem quiser fazer doações o endereço é Rua Claudionor Figueiredo,Nova Descoberta.Fonte:Nominuto.com
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