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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Após eleger um padre população acolhe nome de cantor em cidade do Seridó

Há mais de um ano para o próximo pleito eleitoral, as rodas políticas começam a se formar e, principalmente, as articulações em busca de apoios dos mais diversos. No Seridó, os quadros começam a se formar com tendência das mais várias formas em blocos que já dão sinais para a disputa.
Em Jardim do Seridó, cidade situada a 224 km de Natal, uma situação diferenciada pode estar se formando. Conhecida por levar as ruas e conduzir a prefeitura, a população elegeu em 2008 um padre, que acabou deixando de lado os trabalhos religiosos. Desta vez, um cantor pode ser aclamado para ir as urnas. Nestas situações, o padre e o cantor são homens que precisaram fazer a vida em outras regiões do país e acabaram voltando para Jardim do Seridó.
José Amazan Silva, mais conhecido somente como Amazan nascido em Campina Grande, 5 de outubro de 1963 é um um acordeonista, poeta, cantor e compositor brasileiro. Amazan foi criado em Jardim do Seridó, interior do Rio Grande do Norte, onde desde criança já apreciava a poesia e a boa música nordestina.
Ele conversou com o blog sobre as conversas que levantam seu nome para uma futura candidatura a prefeito de Jardim do Seridó.
Geraldo Oliveira: Como surgiu a ideia do seu nome para uma possível disputa na Prefeitura de Jardim do Seridó?
Amazan: Essa história surgiu do povo e foi surpresa para mim. Inicialmente, eu pensava em voltar a morar em Jardim do Seridó e já estava me programando para isso, tanto que, recentemente, adquiri uma propriedade rural. Assim, as pessoas começaram a comentar e a coisa pegou. Enfim, para que isso possa se concretizar, eu preciso escutar as pessoas, ouvir lideranças, mas antes disso o que vejo é uma euforia muito grande tenho medo de no final de tudo acabar decepcionado.
Geraldo Oliveira: As conversas com as lideranças já iniciaram?
Amazan: Já sim. Precisamos definir se realmente minha candidatura a Prefeito é o melhor para Jardim do Seridó. Meu nome está, com certeza, a disposição da população e das lideranças do município e estou pronto para servir. O que acontece é ainda não sou candidato, mas poderei ser.
Geraldo Oliveira: Quais são os seus contatos políticos iniciais, que lideranças são essas? 
Amazan: A maior liderança com a qual eu tenho conversado é o Dr. Edimar Medeiros, mas também tenho iniciado diálogos com vereadores, com a população, empresários e demais segmentos. Fazer campanha é muito fácil, pelos menos se comparado com a idéia de administrar. Digo isso por que depois da eleição, em caso de vitória, não quero apenas pagar a folha de pagamento, ao final do mês, mas sim fazer o diferente. Por isso, quero reunir lideranças que pensam em apoiar-me para, também, reunir condições.
Geraldo Oliveira: Pessoalmente falando, gera uma expectativa na condução desse projeto político?
Amazan: Veja bem. O meu projeto ainda não começou, mas já começa a gerar essa expectativa e várias linhas de pensamento. Isso não só na campanha, que pra mim é a mais fácil, mas em toda parte administrativa. Campanha, eu acredito, que é um jogo e, nessa partida na possibilidade de eu perder irei ficar satisfeito, pois é melhor perder do que ganhar e após dois anos a população está decepcionada comigo.
Geraldo Oliveira: Seu nome já está a disposição de algum partido?  Qual é a sigla?
Amazan: Nós estamos conversando com lideranças e já temos em mente qual partido iremos nos filiar, mas não posso no momento revelar. Existem informações em setores da imprensa, mas com certeza essas informações não foram repassadas por mim. Foi ventilado, nessas informações, o PMN e é possível que seja, mas não está definido.
Geraldo Oliveira: Você já tem conversado com o vice-governador, Robinson Faria, presidente do partido, já que foi ventilado o PMN?
Amazan: Não conversei com liderança nenhuma a nível estadual e, principalmente, com essa finalidade.
Geraldo Oliveira: Existe a possibilidade de candidatura sua em uma chapa formada com Dr. Edimar, seja a prefeito ou vice?
Amazan: Tudo é possível, é provável, mas nada está definido.
Geraldo Oliveira: Você gravou em seu novo CD uma música para Jardim do Seridó, existe uma tendência política?
Amazan: Não, não. Eu sempre fiz música para Jardim do Seridó. Meu primeiro prêmio como cantor foi uma panela de pressão e ganhei após cantar, em um festival, uma música que falava sobre Jardim do Seridó. Essa última foi mais uma que eu fiz e, coincidentemente, está no CD que lancei agora.
Geraldo Oliveira: Artisticamente falando, como está sua carreira, deve dar uma pausa para a política?
Amazan: Absolutamente não. O cantor apresenta-se a noite, no geral, raramente canta durante o dia. E quando é durante o dia é no domingo, que não tem expediente na prefeitura.
Por Geraldo Oliveira

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