
Se o crédito de R$ 855 milhões do Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) for liberado integralmente, a gestão de Fátima Bezerra poderá entrar em 2026 literalmente “nadando” em dinheiro. Um alívio milionário que chega justamente no último ano do governo petista, quando a governadora deixará o cargo para disputar o Senado.
O secretário da Fazenda, Cadu Xavier, confirma que o aval do STF permite contratar o empréstimo com garantia da União, evitando que o governo use recursos próprios. Na prática, um rombo previsto de R$ 1,5 bilhão pode se transformar em um caixa robusto para a gestão administrar à vontade — e, claro, tentar deixar uma boa imagem no final do mandato.
O foco oficial é a recuperação das rodovias estaduais, problema crônico que trava logística e investimentos. Mas críticos não escondem o sarcasmo: o governo que já enfrentaria um déficit bilionário pode acabar com um cofre recheado, enquanto o próximo gestor herdará as contrapartidas exigidas pelo acordo — incluindo cortes e ajustes fiscais que ninguém quer.
A grande dúvida agora é política: se o dinheiro realmente chegar, ele será utilizado pela gestão Fátima ou chegará ao vice-governador Walter Alves, que assumirá o governo em abril de 2026? Ou, como temem aliados e observadores, Walter pode ficar de mãos abanando, herdando apenas os rombos e o peso das obrigações fiscais?
O alerta é claro: o dinheiro entra agora, mas a conta virá depois. Mesmo assim, se tudo se concretizar, Fátima chega ao último ano com fôlego financeiro que beira a ostentação, enquanto o restante do Estado segue enfrentando gargalos estruturais e incertezas fiscais.
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