27/10/2025 07h37
Foto: REUTERS/Edgar Su
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (26), após reunião com Donald Trump na Malásia, que o encontro foi “surpreendentemente bom” e que há disposição de ambos os lados para superar as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. “Se depender do Trump e de mim, vai ter acordo”, declarou Lula, destacando o tom amistoso da conversa.
Durante a entrevista, o petista disse entender que cabe a um presidente proteger sua indústria nacional, mas criticou o fato de o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros ter sido baseado em “informações equivocadas”. Lula afirmou que, agora, o diálogo será direto entre os dois líderes, sem intermediários, e que pretende ligar para Trump “na próxima semana” para avançar nas negociações.
O presidente também revelou que a reunião incluiu conversas sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, descrevendo o caso como “muito sério” e “com provas contundentes”. Segundo Lula, Trump reconheceu que Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira. O petista ainda abordou a crise na Venezuela, oferecendo o Brasil como mediador para preservar a América do Sul como “zona de paz”.
Questionado sobre o impacto global das tarifas americanas, Lula reforçou que o Brasil não quer escolher lados e que busca manter relações comerciais equilibradas com todos os países. “Não aceitamos uma nova Guerra Fria”, afirmou, destacando a importância da parceria com a China e a necessidade de o Brasil diversificar suas trocas comerciais. O ministro Mauro Vieira classificou a conversa entre os presidentes como positiva e confirmou que o governo brasileiro voltou a pedir a suspensão das tarifas durante as negociações.
Com informações do G1
0 comentários:
Postar um comentário