10/10/2025 11h17
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou, nos últimos dias, o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e sinalizou a aliados que ele é seu nome preferido para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso.
A dois interlocutores próximos, Lula afirmou que Messias está “maduro” para assumir uma cadeira na Corte e que sua eventual indicação não seria apenas uma aposta. O presidente reconheceu que enfrentará pressão de diferentes setores para escolher outros nomes, mas indicou que não está disposto a ceder.
Messias viajou nesta quinta-feira (9) com Lula para Salvador e teve uma conversa reservada com ele. O teor do encontro não foi divulgado. Evangélico, o advogado-geral da União é considerado um homem de confiança do presidente e tem bom trânsito no Congresso, no STF e junto a figuras importantes do governo, como Jaques Wagner (PT-BA) e Fernando Haddad.
No ano passado, Messias esteve próximo de chegar ao Supremo, mas Lula optou por Flávio Dino para a vaga deixada por Rosa Weber, destacando o perfil jurídico e político do então ministro da Justiça. Agora, a escolha do novo nome ganha peso em meio à crise de articulação com o Congresso, cenário em que o STF tem sido peça-chave para garantir a governabilidade.
Conhecido por seu perfil conciliador, Messias costuma brincar dizendo ser “terrivelmente pacificador”, em referência à expressão usada por Jair Bolsonaro ao indicar André Mendonça em 2021. Uma ala do PT pressiona Lula para indicar uma mulher — desde a aposentadoria de Rosa Weber, apenas Cármen Lúcia representa o gênero feminino na Corte.
Outro nome cotado é o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Lula, porém, insiste para que ele concorra ao governo de Minas Gerais em 2026, mirando um palanque forte no segundo maior colégio eleitoral do país.
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