O empoderamento político — com pitadas de deboche — do senador Styvenson Valentim (PSDB) começa a gerar irritação explícita em setores da oposição no Rio Grande do Norte. A mais recente reação veio do deputado estadual Nelter Queiroz (PSDB), que não poupou críticas ao senador após uma postagem considerada “precipitada e excludente”.
Styvenson publicou em suas redes sociais uma foto ao lado do prefeito de Natal, Paulinho Freire, e do senador Rogério Marinho, pré-candidato ao governo do estado em 2026, acompanhada da legenda: “Juntos e alinhados”. A frase foi vista como uma tentativa de marcar território, lançar sinal político — e, para muitos, de lacrar sem combinar com os outros.
A resposta de Nelter veio pouco depois, com um recado direto e carregado de insatisfação:
“O alinhamento tem que ter a participação do povo, (que precisa) aceitar o candidato a governador. Eu vejo com tristeza essa provável divisão, que poderá acontecer com o grupo. (…) (Com) a divisão não vamos a lugar nenhum!”
O desabafo evidencia o incômodo crescente com o estilo individualista e pouco agregador do senador, que já vinha causando ruídos nos bastidores e agora começa a colecionar reclamações públicas. Styvenson parece ignorar o princípio básico da articulação: ouvir e compor.
Nelter não é o primeiro — e dificilmente será o último — a demonstrar desconforto. Enquanto Styvenson aposta no confronto e na imagem de independência, aliados de primeira hora já começam a questionar o custo político da sua postura. Se a intenção é fortalecer o campo oposicionista, o caminho pode estar levando à divisão — e não à união.
E assim, Styvenson vai acumulando desafetos — mesmo entre os que deveriam estar do mesmo lado.
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