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quarta-feira, 16 de julho de 2025

Indústria pede para governo não retaliar tarifas de Trump em reunião

 


Representantes da indústria que se reúnem na manhã desta terça-feira (15) com ministros do governo pediram para gestão federal não retaliar as tarifas de 50% que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça impor aos produtos brasileiros, disseram fontes presentes no encontro à CNN Brasil.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, por exemplo, disse aos ministros que “não é prudente” haver retaliação comercial em uma relação complementar como a Brasil-EUA. O executivo pediu que o governo não deixe aspectos políticos “contaminarem” o debate.

Os segmentos industriais defenderam que o governo seja “objetivo” e “pragmático” ao lidar com a questão. Os pedidos acontecem horas após a gestão federal regulamentar a Lei da Reciprocidade, que abre portas para que a retaliação aconteça.

Além disso, como adiantou a CNN, o setor defendeu que o governo faça uma ofensiva pelo adiamento das tarifas em 90 dias. Para os industriais, não é possível que seja desenvolvida uma discussão técnica em apenas 15 dias. As taxas estão previstas para 1º de agosto.

Segundo os executivos, a indústria não encontrará no médio prazo alternativas para substituir o mercado dos Estados Unidos em suas exportações. A CNI estimou na reunião que as tarifas podem acarretar a perda de 110 mil postos de trabalho e impactar negativamente o PIB.

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