Pages

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Ao menos nove ministros de Lula ganham extras por integrar conselhos; remunerações chegam a R$ 28 mil

 


Ao menos nove ministros do governo Lula integram conselhos de empresas estatais ou privadas vinculadas à União e têm os seus salários, hoje em R$ 41.650, turbinados com gratificações, os chamados “jetons”, mostra levantamento feito pelo jornal O Globo. Em órgãos como os do Serviço Social do Comércio (Sesc) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), os valores podem chegar a R$ 28 mil mensais. Já em empresas como Itaipu, não há transparência e os pagamentos extras ficam sob sigilo.

A nomeação mais recente foi a do ministro da Educação, Camilo Santana, que na quarta-feira passou a ser conselheiro fiscal do Senac, com remuneração de R$ 28,6 mil para quem participar de todas as reuniões mensais. Flávio Dino (Justiça) e Paulo Pimenta (Comunicação) fazem parte do mesmo conselho.

A lei determina que o integrante de cada grupo receba de acordo com a sua participação nas reuniões. Diz, ainda, que sua remuneração não deve ultrapassar 10% do valor médio pago aos diretores daquela empresa.

No conselho fiscal do Sesc, por exemplo, são realizadas até seis reuniões por mês, com pagamento de R$ 4,7 mil por participação. Hoje, integra esse colegiado o ministro Carlos Lupi (Previdência), além de Gilberto Carvalho, secretário no Ministério do Trabalho e aliado de longa data do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esther Dweck (Gestão) foi conselheira de janeiro a abril, participando de quatro reuniões no período.

Ministros de Lula que participam de conselhos de estatais e outras empresas ligadas à União. — Foto: Editoria de Arte/O Globo

O Conselho de Administração da Itaipu Binacional é o que abriga maior número de ministros, com cinco no total: Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Esther Dweck e Mauro Vieira (Relações Exteriores). A Itaipu, porém, não revela o valor pago aos conselheiros. Em nota, disse que não tem que cumprir a Lei de Acesso à Informação (LAI) porque não integra a administração pública. Afirmou, ainda, que a remuneração de empregados e diretores “são consideradas informações pessoais sensíveis”.

0 comentários:

Postar um comentário