Aloizio Mercadante, diretor do Partido dos Trabalhadores (PT) e um dos membros da equipe de Transição do governo Lula, seria o mais forte cotado a presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Mercadante já tem experiência na atuação do executivo, ocupando ministérios no governo petista de Dilma Rousseff: foi comandante da pasta de Educação, depois Ciência, Tecnologia e Inovação, e, por fim, da Casa Civil.
Formado em economia, o ex-ministro tem falado publicamente da intenção do novo governo de fortalecer o BNDES. O objetivo é resgatar o papel do banco público como um dos financiadores de empresas e de projetos de infraestrutura, assim como ocorreu nos governos petistas.
O problema será conciliar tais intenções com o cenário de escassez de recursos públicos. No passado, o BNDES ampliou sua carteira de crédito por meio de aportes do Tesouro. A política de financiamento com recursos subsidiados atendeu, principalmente, a grandes empresas.
Após a saída do PT do poder, o BNDES passou por uma mudança radical. A política de juros subsidiados foi praticamente extinta, e os financiamentos tomaram um perfil direcionado. Reverter tais mudanças teria um custo político e fiscal elevado.
Na disputa com Mercadante para a presidência do banco estatal estaria o executivo Gabriel Galípolo, ex-presidente do banco Fator e nome próximo a Haddad.
Segundo o Estadão, a definição do novo presidente do BNDES pode acontecer neste domingo, quando Lula prometeu também anunciar novos ministros.
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