Ao estimular que 110 Prefeitos assinassem uma nota de repúdio contra Carlos Eduardo (PDT), a campanha de Rogério Marinho (PL) acabou insuflando um debate que, no fim das contas, é indigesto para o próprio Ex-Ministro. Em pleno início de campanha eleitoral, por causa da reação violenta dos Prefeitos, entraram no centro do debate a discussão sobre o orçamento secreto e os supostos desmandos de Rogério Marinho na Codevasf.
A nota acabou escancarando quem foram os beneficiados pelo suposto esquema. Quase uma confissão. É o que se chama de colocar a bola na marca do pênalti para Carlos Eduardo fazer a cobrança. Com aquela lista, ficou mais fácil para o jurídico do candidato do PDT identificar quais prefeitos receberam recursos do orçamento secreto e da Codevasf.
O jurídico e o marketing da campanha de Carlos Eduardo estão trabalhando em cima da lista divulgada e encontrando uma série de absurdos. Em alguns casos, há total ausência de critérios para seleção dos municípios que receberam o encaminhamento dos recursos. Há também municípios pequenos recebendo mais recursos do que municípios maiores, sem qualquer explicação plausível para a discrepância. Há apadrinhados de Rogério Marinho recebendo mais dinheiro do que os mais distantes do Ex-Ministro.
Na esteira disso, chama a atenção a situação de Mossoró (RN). A cidade só passou a receber vultosos recursos após o Prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) declarar apoio à candidatura de Rogério.
Informações advindas da Justiça Eleitoral apontam que o Ministério Público já começou a reunir elementos de investigação sobre o esquema do orçamento secreto. O afobamento dos Prefeitos no contraponto à ação, por orientação de Rogério, poderá resultar em problemas não só para o próprio Rogério, mas também para prefeitos. Quem não tiver utilizado bem os recursos estará na mira das apurações.
Agora RN
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