O desempenho do Hospital Giselda Trigueiro (HGT) no tratamento em UTI de pessoas atingidas pela Covid-19 ficou acima da média nacional. De acordo com levantamento da Associação de Medicina Intensiva Brasileiro (Amib), o índice de óbitos nas UTIs públicas é de 36,6% e nas privadas de 29,7%. No caso do Giselda, o número chega a 21,5%, levando-se em conta o período entre o início da pandemia e março deste ano.
Unidade de referência da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desde o início da pandemia, o hospital localizado em Natal recebeu em sua UTI, até o fim de março, 1140 pacientes e teve 245 óbitos registrados. Para o diretor do hospital, dr. André Trigueiro, o fato se deve a uma ação integrada e planejada iniciada em janeiro de 2020.
“Ficamos satisfeitos em saber que os dados do Giselda Trigueiro são melhores que a média nacional, é uma recompensa a todo o esforço feito desde o início da pandemia. Um dos principais motivos para isso é que a gente trabalha para o atendimento da Covid-19 desde 20 de janeiro de 2020, quando começamos a fazer reuniões sistemáticas e a maioria das pessoas nem tinha ouvido falar sobre o novo vírus”, ressalta o diretor.
A equipe técnica do HGT, em conjunto com a Sesap, foi responsável por elaborar para o Rio Grande do Norte o primeiro protocolo de atendimento entre os estados brasileiros. “Todo o apoio da Sesap foi fundamental, com EPIs, medicamentos,respiradores, monitores, bombas de infusão, as obras para ampliar os leitos. Foi uma somatória de esforços entre as equipes do hospital e da secretaria. O empenho de toda a equipe multiprofissional – médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, serviço social, nutricionistas, técnicos-administrativos, manutenção, informática – foi essencial para que se conseguisse manter os níveis de óbitos o mais baixo possível”, completou Trigueiro.
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