A vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 é capaz de reduzir os casos sintomáticos de covid-19 em 94% uma semana depois da aplicação da 2ª dose. O imunizante também diminui em 92% o risco de desenvolver um caso grave da doença e em 87% as hospitalizações. É o que mostra um estudo de larga escala feito em Israel. Os resultados foram publicados nessa 4ª feira (24.fev.2021) no The New England Journal of Medicine. Eis a íntegra (539 KB), em inglês.
O estudo ainda mostrou que uma única dose da vacina tem 57% de eficácia depois de duas semanas da aplicação. A pesquisa foi conduzida pelo Clalit Research Institute em parceria com especialistas da universidade de Harvard e do Boston Children’s Hospital.
Até o momento, os dados de eficácia do imunizante haviam sido obtido em ensaios clínicos –feito com menos pessoas e em condições controladas. A última fase de testes da vacina da Pfizer/BioNTech, por exemplo, foi feita com 43.000 participantes. Esse é o 1º estudo que mostra o efeito dessa vacina no “mundo real”.
A pesquisa foi realizada de 20 de dezembro, quando Israel começou a vacinar a sua população, até 1º de fevereiro. Incluiu aproximadamente 1,2 milhão de pessoas acima com 16 anos, das quais 596.618 já haviam sido vacinadas com as duas doses. Um número equivalente de participantes não imunizados fez parte do grupo de controle.
Cerca de 22.000 dos vacinados tinha mais de 80 anos. O estudo não encontrou nenhuma queda na eficácia da vacina entre os idosos. Israel registrou, no período analisado, uma alta nos casos de infecção pelas novas variantes do coronavírus, em especial a britânica. Segundo os pesquisadores, a vacina da Pfizer/BioNtech mostrou “eficácia média” contra as novas cepas. Eles, no entanto, afirmaram que não podem “fornecer uma estimativa de eficácia específica”.
O resultado apresentado no novo estudo é semelhante ao obtido na última fase de ensaio clínico do imunizante da Pfizer/BioNTech. Segundo as empresas, a vacina apresentou 95% de eficácia. Israel tem uma das campanhas de imunização mais eficazes do mundo. Mais da metade dos quase 9 milhões de habitantes do país receberam a 1ª dose, e mais de 1/3 já foi vacinado com as duas doses da vacina.
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