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segunda-feira, 25 de março de 2019

A SCHEELITA REFERENCIA NA ECONOMIA EM RECURSOS MINERAIS NO RIO GRANDE DO NORTE






BODÓ MINAS MAIOR RESERVA DE SCHEELITA DA AMÉRICA LATINA REFERENCIA NA ECONOMIA EM RECURSOS MINERAIS DO RIO GRANDE DO NORTE


O município de Bodó desmembrado do município de Santana do Matos, tem uma das maiores reservas de Scheelita da America Latina.
Descoberta em (1943) pelo pioneiro o Senhor João Francisco de Macedo,(João Moreno) onde o mesmo era garimpeiro e trouxe numa caixa de fósforo umas amostras da Mina Brejuí de Currais Novos, e que ao comparar, descobriu-se que na mina Cafuca e Mina Baixios a pedra era parecida, e que em Bodó, junto com outro garimpeiro o Sr. Chagas Xixi, Comparou as mesmas pedras na serra onde estar situada a área da mineração.

Com o inicio da segunda guerra mundial (1939) aumentaram as pesquisas em busca por novos minérios entre elas a Scheelita ( mineral de tungstênio),

A partir de 1940/1941 intensificou-se a exploração e a exportação da Scheelita e o Rio Grande do Norte torna-se o maior produtor desse minério. 

Foi durante a Segunda Guerra Mundial, um período de escoamento das reservas dos EUA. O americano sempre manteve uma reserva de tungstênio, mas com a guerra ele viu essas reservas diminuírem, ao mesmo tempo em que ficaram sem suas fontes nas minas da Europa e da Ásia. 


Então eles se voltaram para o Nordeste. Os americanos estavam aqui desde 1940 para estimular a criação de minas e a descoberta de minérios estratégicos na época como a tantalita, berilo, columbita e scheelita. Estabeleceram uma agência de compra de minério em Parelhas, passaram a dar picaretas, pás e carroças, além de orientação técnica sobre mineração.



O geólogo Júlio Neves, noticia mais de 600 ocorrências de scheelita, no Seridó do RN nessa época. Mas a maior concentração estava em Currais Novos, nas minas Brejuí, Barra Verde e Boca de Laje, que hoje ainda produzem, além da Mina Bodó



Essas minas foram exploradas por grupos nacionais e internacionais. O diferencial da Mineração Tomaz Salustino era o processamento e beneficiamento do tungstênio. Desde a descoberta da mina Brejuí em 1943, Tomaz Salustino, ele teve a orientação técnica de um engenheiro de minas com formação em metalurgia nos EUA. Esse engenheiro fez toda a projeção para o futuro da empresa como uma mineração mecanizada. Foi aos EUA e comprou todo o equipamento, máquinas, caminhões pesados, tratores. Esse investimento tornou a empresa muito rica. Em 1945 a empresa contava com cerca de 2 mil homens trabalhando no sistema de garimpo, extraindo minérios, a produção era somada e vendida praticamente toda para os EUA.



Com a crise econômica do dumping chinês em 1997. quase pois fim a extração mineral de scheelita e tungstênio no Seridó.



Os chineses venderam muito minério ao mundo nesta época, a oferta era muito grande e o preço caiu bastante. Daí as minas daqui foram fechando porque se tornaram antieconômicas diante dos preços baixos. Depois a China, com seu crescimento econômico acelerado, sentiu que precisava das reservas e que as minas de scheelita e tungstênio estavam se exaurindo. 



Então passaram a controlar as exportações, deixaram de vender a scheelita primária que nós extraímos e passaram a vender apenas a manufaturada, o ferro tungstênio e outras ligas intermediárias. A scheelita passou a se tornar difícil com o fechamento do mercado chinês.



Desde 2003 novamente as minas de scheelita do Seridó passaram a ser focadas como um potencial a ser explorado. Hoje a região do Seridó extrai mensalmente em média entre 40 a 45 toneladas de scheelita e tungstênio. Exportamos 120 toneladas para a China, que nunca havia comprado scheelita, sempre vendeu, para a Inglaterra e os EUA.



O ciclo da mineração no Seridó Potiguar

O Seridó volta a viver uma grande expectativa no setor mineral, à chegada de investimentos em várias empresas exemplificam a riqueza da região e a grande perspectiva de crescimento. Destaque no passado pela grande exploração da sheelita, Currais Novos é uma das principais cidades a vivenciar o “novo momento” da mineração no estado. 

O Projeto Borborema vai potencializar o setor mineral no Rio Grande do Norte, que, em uma análise inicial, será responsável por aproximadamente R$ 1,5 bilhão em investimentos nos próximos três anos. Para a Mina Borborema, o investimento é de R$ 400 milhões com estimativa de gerar 320 empregos diretos e 1.500 indiretos. A capacidade anual de produção é de 5 toneladas de ouro, o que representa cerca de 8% da produção nacional. 

Além de Currais Novos, outros municípios da região Seridó serão beneficiados com a movimentação econômica gerada pelo empreendimento, principalmente no tocante ao com

Minérios de ferro, ouro, cobre, tungstênio e níquel são algumas das riquezas minerais cada vez mais sob a “lupa” dos geólogos que mapeiam a região do Seridó Potiguar.

A região ainda é muito rica em granito, rochas ornamentais, pedras preciosas e semi-preciosas e minerais industriais, que estão transformando a região do Seridó. 

Fonte:
História do Seridó - OpenBrasil.org 

Fotos Gil Oliveira

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