BODÓ MINAS MAIOR RESERVA DE SCHEELITA DA
AMÉRICA LATINA REFERENCIA NA ECONOMIA EM RECURSOS MINERAIS DO RIO GRANDE DO
NORTE
O município de Bodó desmembrado do
município de Santana do Matos, tem uma das maiores reservas de Scheelita da
America Latina.
Descoberta em (1943) pelo pioneiro o
Senhor João Francisco de Macedo,(João Moreno) onde o mesmo era garimpeiro e
trouxe numa caixa de fósforo umas amostras da Mina Brejuí de Currais Novos, e
que ao comparar, descobriu-se que na mina Cafuca e Mina Baixios a pedra era
parecida, e que em Bodó, junto com outro garimpeiro o Sr. Chagas Xixi, Comparou
as mesmas pedras na serra onde estar situada a área da mineração.
Com o inicio da segunda guerra mundial
(1939) aumentaram as pesquisas em busca por novos minérios entre elas a
Scheelita ( mineral de tungstênio),
A partir de 1940/1941 intensificou-se a
exploração e a exportação da Scheelita e o Rio Grande do Norte torna-se o maior
produtor desse minério.
Foi durante a Segunda Guerra Mundial, um período de escoamento das reservas dos EUA. O americano sempre manteve uma reserva de tungstênio, mas com a guerra ele viu essas reservas diminuírem, ao mesmo tempo em que ficaram sem suas fontes nas minas da Europa e da Ásia.
Então eles se voltaram para o Nordeste. Os americanos estavam aqui desde 1940 para estimular a criação de minas e a descoberta de minérios estratégicos na época como a tantalita, berilo, columbita e scheelita. Estabeleceram uma agência de compra de minério em Parelhas, passaram a dar picaretas, pás e carroças, além de orientação técnica sobre mineração.
O geólogo Júlio Neves, noticia mais de 600 ocorrências de scheelita, no Seridó do RN nessa época. Mas a maior concentração estava em Currais Novos, nas minas Brejuí, Barra Verde e Boca de Laje, que hoje ainda produzem, além da Mina Bodó.
Essas minas foram exploradas por grupos nacionais e internacionais. O diferencial da Mineração Tomaz Salustino era o processamento e beneficiamento do tungstênio. Desde a descoberta da mina Brejuí em 1943, Tomaz Salustino, ele teve a orientação técnica de um engenheiro de minas com formação em metalurgia nos EUA. Esse engenheiro fez toda a projeção para o futuro da empresa como uma mineração mecanizada. Foi aos EUA e comprou todo o equipamento, máquinas, caminhões pesados, tratores. Esse investimento tornou a empresa muito rica. Em 1945 a empresa contava com cerca de 2 mil homens trabalhando no sistema de garimpo, extraindo minérios, a produção era somada e vendida praticamente toda para os EUA.
Com a crise econômica do dumping chinês em 1997. quase pois fim a extração mineral de scheelita e tungstênio no Seridó.
Os chineses venderam muito minério ao mundo nesta época, a oferta era muito grande e o preço caiu bastante. Daí as minas daqui foram fechando porque se tornaram antieconômicas diante dos preços baixos. Depois a China, com seu crescimento econômico acelerado, sentiu que precisava das reservas e que as minas de scheelita e tungstênio estavam se exaurindo.
Então passaram a controlar as exportações, deixaram de vender a scheelita primária que nós extraímos e passaram a vender apenas a manufaturada, o ferro tungstênio e outras ligas intermediárias. A scheelita passou a se tornar difícil com o fechamento do mercado chinês.
Desde 2003 novamente as minas de scheelita do Seridó passaram a ser focadas como um potencial a ser explorado. Hoje a região do Seridó extrai mensalmente em média entre 40 a 45 toneladas de scheelita e tungstênio. Exportamos 120 toneladas para a China, que nunca havia comprado scheelita, sempre vendeu, para a Inglaterra e os EUA.
O ciclo da mineração no Seridó Potiguar
O Seridó volta a viver uma grande expectativa no setor mineral, à chegada de investimentos em várias empresas exemplificam a riqueza da região e a grande perspectiva de crescimento. Destaque no passado pela grande exploração da sheelita, Currais Novos é uma das principais cidades a vivenciar o “novo momento” da mineração no estado.
O Projeto Borborema vai potencializar o setor mineral no Rio Grande do Norte, que, em uma análise inicial, será responsável por aproximadamente R$ 1,5 bilhão em investimentos nos próximos três anos. Para a Mina Borborema, o investimento é de R$ 400 milhões com estimativa de gerar 320 empregos diretos e 1.500 indiretos. A capacidade anual de produção é de 5 toneladas de ouro, o que representa cerca de 8% da produção nacional.
Além de Currais Novos, outros municípios da região Seridó serão beneficiados com a movimentação econômica gerada pelo empreendimento, principalmente no tocante ao com
O Projeto Borborema vai potencializar o setor mineral no Rio Grande do Norte, que, em uma análise inicial, será responsável por aproximadamente R$ 1,5 bilhão em investimentos nos próximos três anos. Para a Mina Borborema, o investimento é de R$ 400 milhões com estimativa de gerar 320 empregos diretos e 1.500 indiretos. A capacidade anual de produção é de 5 toneladas de ouro, o que representa cerca de 8% da produção nacional.
Além de Currais Novos, outros municípios da região Seridó serão beneficiados com a movimentação econômica gerada pelo empreendimento, principalmente no tocante ao com
Minérios de ferro, ouro, cobre, tungstênio e níquel são algumas das riquezas minerais cada vez mais sob a “lupa” dos geólogos que mapeiam a região do Seridó Potiguar.
A região ainda é muito rica em granito, rochas ornamentais, pedras preciosas e semi-preciosas e minerais industriais, que estão transformando a região do Seridó.
Fonte:
História do Seridó - OpenBrasil.org
Fotos Gil Oliveira
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