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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Extinção do MDIC coloca Brasil na contramão e reduz capacidade de negociações, diz CNI

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) se manifestou contra a extinção do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), que será incorporado ao superministério da Economia no governo de Jair Bolsonaro (PSL).
O novo ministério vai incorporar também as pastas da Fazenda e do Planejamento e será comandada pelo economista Paulo Guedes. A fusão dos ministérios foi confirmada por pelo futuro ministro e a medida desagradou os industriais.
“Tendo em vista a importância do setor industrial para o Brasil, que é responsável por 21% do PIB nacional e pelo recolhimento de 32% dos impostos federais, precisamos de um ministério com um papel específico, que não seja atrelado à Fazenda, mais preocupada em arrecadar impostos e administrar as contas públicas”, disse em nota Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
Andrade ponderou também que “a excessiva concentração de funções em um único ministério reduziria a atenção sobre temas que são cruciais para a indústria, que ficariam diluídos em meio aos incêndios que cotidianamente desafiam a gestão macroeconômica”.
A CNI cita exemplos de países como Inglaterra e Estados Unidos, que criaram órgãos estatais específicos para industrias.
“A eventual perda de status do MDIC colocaria o Brasil, portanto, na contramão dessa tendência e reduziria a nossa capacidade em negociações internacionais”, diz o presidente da CNI no comunicado.
Folhapress

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