período em que o RN vem amargando prejuízos causados por uma forte seca
até então ininterrupta. O prognóstico desmente boatos que vem circulando
nas redes sociais de que o Rio Grande do Norte deve enfrentar mais um
ano de seca em 2017.
Para Gilmar Bristot, gerente de meteorologia da Emparn, o grande
responsável por essa possível mudança de quadro é a atuação do Fenômeno
La Niña no Oceano Pacífico que, diferentemente do El Niño, deve
contribuir para a ocorrência de chuvas em toda a Região Nordeste no
primeiro semestre de 2017.
"A condição de La Niña fraca a moderada não causa mudanças na circulação
geral da atmosfera, o que significa que no Nordeste do Brasil diminui a
chance de bloqueios ou sistemas de alta pressão que possam impedir o
deslocamento da Zona de Convergência Intertropical – principal sistema
meteorológico causador de chuvas na região – para posições ao sul da
linha do Equador, atingindo assim o Nordeste brasileiro durante os meses
de fevereiro a maio, considerado o período chuvoso na nossa região",
afirma Gilmar.
De acordo com o meteorologista, o monitoramento climatológico vem
seguindo um padrão desde a década de 50. Isso significa que todas as
vezes que o El Niño atuou de forma muito forte causando a estiagem, como
nos anos 2015 e 2016, logo em seguida passou a atuar o Fenomêno La
Niña, trazendo a presença de águas mais frias do que o normal e
favorecendo assim a ocorrência de chuvas nas categorias normal a acima
do normal.
Acontece que, por si só, o Fenômeno La Niña não é garantia de boas
chuvas. Será necessário ainda que o Oceano Atlântico tenha um
comportamento favorável com águas mais aquecidas no Atlântico Sul e
águas mais frias no Atlântico Norte. Por enquanto ainda não é possível
precisar essa configuração para o período chuvoso de 2017, mas a Emparn
segue fazendo o monitoramento em busca de evidências que confirmem as
boas notícias que se aproximam.
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