O pontífice evitou falar do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Roma – O papa Francisco
afirmou que “são os comunistas os que pensam como os cristãos”, ao
responder sobre se gostaria de uma sociedade de inspiração marxista, em
entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal italiano “La
Repubblica”.
“São os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo falou de
uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que
decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus
ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a
liberdade”, explica Jorge Bergoglio.
Por isso, Francisco espera que os Movimentos Populares entrem na
política, “mas não no político, nas lutas de poder, no egoísmo, na
demagogia, no dinheiro, mas na política criativa e de grandes visões”.
O pontífice evitou falar do recém-eleito presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, e assegurou que dos políticos só lhe interessa “os
sofrimentos que sua maneira de proceder podem causar aos pobres e aos
excluídos”.
Francisco explicou que sua maior preocupação é o drama dos refugiados
e imigrantes, e reiterou que é necessário “acabar com os muros que
dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar, e para eles é
necessário derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir as
desigualdades e dar mais liberdade e direitos”.
Sobre os supostos “adversários” que tem no seio da Igreja, Francisco
assegurou que não os chamaria assim e que “a fé une todos, embora
naturalmente cada um veja as coisas de maneira diferente”.
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