Com a presença de familiares e amigos de Ulysses Guimarães, a Câmara
dos Deputados lembrou hoje (6) a trajetória do político, tido como
símbolo da defesa da democracia e da liberdade. Em uma sessão de
homenagem aos 100 anos do líder, que comandou a Casa durante a
Constituinte de 1988, integrantes do governo do também peemedebista
Michel Temer, como o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) destacaram
frases históricas de Ulysses, como “o político tem que ter coragem”.
“Hoje o político tem que ter coragem para assumir os desafios que aí
estão”, disse Padilha, fazendo referência à atual situação financeira do
país e ao pacote de ajuste fiscal defendido pelo Executivo. O ministro
lembrou que Ulysses integrou o MDB, partido que deu origem ao PMDB, e é
um símbolo para correligionários e para a sociedade. “Ulysses foi um
brasileiro que combateu politicamente, sem violência, e conseguiu
derrubar uma ditadura militar pela política, pela mobilização e pelo
discurso, dando ao povo a noção de que tem a capacidade de mudar o
Brasil”, disse.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), hoje no comando da Casa que já foi presidida
por Ulysses Guimarães, ressaltou que ele foi “um dos maiores estadistas
que a politica brasileira teve. Sempre defendeu a democracia e construiu
a redemocratização do Brasil a partir de 1985”, afirmou.
O combate à ditadura militar pela política também foi destacado pelo
presidente da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, Moreira Franco, que
lembrou que o líder conseguiu sintonizar sua atividade aos anseios da
população. “Estamos homenageando o último político brasileiro que teve
autoridade moral, que é a essência da atividade política, de dizer que
estava falando em nome da nação”, disse.
Na sessão, além de discursos exaltando a trajetória do constituinte,
foi lançado um selo comemorativo elaborado dos Correios, pelos 100 anos
do político, e um documentário produzido pela TV Câmara e dividido em
três episódios.
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