O debate a respeito da reforma da previdência não pode assumir o tom
de radicalização que está tomando. O alerta foi feito pelo senador
Garibaldi Filho. Da tribuna do Plenário, na tarde desta terça-feira
(23), ele defendeu que a discussão seja desmitificada. “O assunto não
pode ser tratado como se os defensores da proposta quisessem penalizar
os contribuintes e beneficiários e os contrários lutassem pela
preservação dos direitos e conquistas”, opinou.
O senador potiguar avaliou que está faltando coragem aos líderes
brasileiros para olhar o futuro e dizer à população que uma reforma da
previdência é necessária. Garibaldi Filho lembrou que muitos países
europeus, inclusive os mais desenvolvidos, promoveram reformas em suas
previdências e foram obrigados a cortar benefícios inclusive entre os
trabalhadores já aposentados e pensionistas.
“Se não for adotada uma idade mínima para os futuros contribuintes da
Previdência, nós vamos ter realmente um colapso total. A expectativa de
vida, hoje, está na faixa de 70 anos, e os brasileiros se aposentam, em
média, com 55 anos. Essa é uma equação que não fecha. Também temos que
fechar a porta no que tange aos abusos na liberalidade da concessão de
pensões por morte”, exemplificou o senador Garibaldi Filho.
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