Incomodado
com a saída anunciada de seu indicado no Ministério do Turismo, o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criou um impasse para o
Palácio do Planalto na nomeação de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)
para o posto.
A confirmação de Alves no cargo, promessa feita pela própria presidente, é esperada para esta semana.
Nesta
segunda-feira (13), peemedebistas davam como certa a confirmação de
Alves no posto, mas Calheiros informou ao governo que não avalizará o
destino de Vinicius Lages, seu afilhado e a quem Alves substituirá no
Turismo.
Calheiros e Dilma estiveram juntos nesta segunda-feira. Segundo a Folha apurou,
Michel Temer, nomeado como novo articulador político do Planalto,
tentou nos últimos dias construir opções para Lages “melhores que o
ministério”. Foi colocado na mesa, por exemplo, a opção de ele ir para
presidência de órgãos como Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)
ou diretoria de bancos.
Aliados
de Calheiros, no entanto, afirmam que o presidente do Senado não quer
que atribuam a ele qualquer nova indicação para postos no governo.
Afinal, ele assumiu o discurso de que a presidente precisa cortar pela
metade seus ministérios.
Para
integrantes do governo, no entanto, o recado do peemedebista é outro:
ele não quer perder a zona de influência no ministério. Peemedebistas
enxergam na movimentação de Calheiros uma estratégia para que Dilma
fique “devedora” do senador.
A
resistência de Calheiros criou uma saia justa para a presidente, que se
comprometeu a nomear Alves após o ex-presidente da Câmara não figurar
na lista de autoridades envolvidas na Operação Lava Jato, apresentada
pela Procuradoria-Geral da República.
Segundo
auxiliares de Dilma, a presidente terá de decidir qual cacique
desagradará: Calheiros ou Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos
Deputados.
Alves
é amigo e aliado de Cunha e sua nomeação é vista dentro do governo como
um afago ao presidente da Câmara em um momento em que o deputado e o
governo estão em confronto.
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