VEJA – Enquanto a presidente Dilma Rousseff se
desdobra para tentar domar seu principal aliado no Congresso Nacional, o
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
disse nesta sexta-feira que a inabilidade do Palácio do Planalto na
condução da reforma ministerial acirrou a crise com o PMDB.
Um dos principais entraves na reforma foi a negociação para o
Ministério da Integração Nacional. O PMDB indicou o senador paraibano
Vital do Rêgo (PMDB), mas o Planalto insiste em nomear o também
peemedebista Eunício Oliveira (CE) para o cargo. Motivo: a intenção de
Dilma é tirar Eunício da disputa pelo governo do Ceará em outubro. No
Estado, o PT fechou acordo com os irmãos Cid e Ciro Gomes, do
recém-criado Pros – Cid é candidato à reeleição e dará palanque para
Dilma.
O PMDB também reclama da pauta travada no Congresso pelo projeto que
cria o Marco Civil da Internet, tratado como prioridade do governo, mas
que tem como principal opositor justamente o líder do PMDB na Casa,
Eduardo Cunha (RJ). “A insatisfação da bancada é um fato. A pauta estar trancada por urgências desnecessárias é um outro fato”, disse Alves. “Houve ainda a desastrada condução da reforma ministerial, com o episódio envolvendo o Eunício e o Ministério do Turismo”, completou.
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