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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Para meteorologista da EMPARN, Zona de Convergência está chegando ao Nordeste trazendo chuva

12495 Gilmar reunido com criadores e agricultores da região - Foto: Ilmo Gomes
Em reunião nesta manhã de quinta-feira (30) na EMPARN de Caicó, o meteorologista Gilmar Bristot apresentou as previsões para o inverno deste ano. Na plateia, agricultores, produtores rurais e autoridades, na esperança de boas notícias sobre a quadra invernosa. Os resultados apresentados por Gilmar foram oriundos dos estudos de um encontro realizado recentemente em Fortaleza (CE), reunindo vários segmentos. 
Pelo mapa de distribuição da precipitação média anual apresentada por Gilmar, enquanto no Agreste temos chuvas de até 1600 milímetros por ano, no Seridó este número não chega a ser de 600, e 74,9% do total de chuvas no Seridó ocorre entre fevereiro e maio. O meteorologista também explicou as irregularidades de nossas chuvas. “A chuva que acontece aqui vem de fora. Ela se forma no nordeste, mas as condições são externas. O nordeste não produz chuva, isso é uma verdade. As chuvas se formam a milhares de quilômetros daqui”, disse Gilmar ao Blog do Marcos Dantas.
Outro ponto levantado por Bristot é com relação a influência do vento na chuva. “Como é que uma nuvem vai se formar se você tem um vento forte batendo nela? 2012 e 2013 aconteceram isso, você formava a nuvem, batia o vento, e ela dissipava. Ontem a gente observou vento forte, mas no final da tarde já observávamos chuvas em Jucurutu, se deslocando para a região de Caraúbas. As condições boas de chuvas é quando o vento vem do nordeste”, explicou. As previsões de chuvas são feitas a partir das informações dos Oceanos Pacífico, Atlântico Norte e Sul. Se a temperatura do Atlântico Norte ficar acima de 25 graus não chove, e a Zona de Convergência não desce.
O atlântico norte tem que baixar, e o Sul subir, para termos um inverno garantido. Se o Atlântico norte não baixar de 26 graus, não chove. Esse amo o Atlântico norte está mais frio do que o ano passado, e o Sul mais quente, e se continuar,  a Zona de Convergência sai de lá e desce, já que ela não gosta de água fria, e precisa estar sempre em cima de águas quentes para se formar as nuvens. Há uma garantia de que neste período chuvoso não vamos ter influência do oceano pacífico, só olhando o atlântico. As chuvas que se formam sobre a Amazônia está começando a migrar sobre o nordeste, está havendo uma concordância dos sistemas de meteorologista vindo para o nordeste”, finalizou Gilmar.

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