A Folha de São Paulo destacou que, anunciado há dois meses pela
presidente Dilma Rousseff, o último pacote de medidas contra a seca,
estimado em R$ 9 bilhões, demora a chegar ao semiárido. A entrega de
milho atrasou, cisternas estão abandonadas ou apresentam problemas, a
oferta de carros-pipa não teve o aumento prometido e apenas 30% dos
recursos para perfuração de poços foram liberados.
Diante da maior seca dos últimos 50 anos, que afeta dez milhões de
pessoas em 1.418 municípios do norte de Minas Gerais e do Nordeste,
foram as poucas chuvas que aliviaram a situação. As precipitações
fizeram crescer vegetação rasteira que alimentou os rebanhos, mas foram
insuficientes para que houvesse colheita.
Para alimentar os animais, o governo havia prometido enviar 340 mil
toneladas de milho em abril e maio. Nesses dois meses, só 151 mil
toneladas (44% do total) foram repassadas, segundo a Conab (Companhia
Nacional de Abastecimento). Outras 138 mil toneladas foram enviadas em
junho.
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