O pontificado do papa Bento 16 foi marcado pela 
estagnação no número de católicos no mundo e, ao mesmo tempo, pelo 
avanço de outras religiões, inclusive cristãs, como o 
neopentecostalismo.
Em 2005, quando Bento 16 iniciou seu 
pontificado, o total de católicos, de quase 1,1 bilhão de pessoas, 
correspondia a 16,8% da população global, segundo a Enciclopédia Cristã 
Mundial.
Em 2010, último dado disponível, o 
número de católicos passou para 1,17 bilhão, representando os mesmos 
quase 17% da população mundial.
Nesse período, a população do planeta aumentou em quase 390 milhões de pessoas, atingindo 6,9 bilhões em 2010.
O total de muçulmanos no mundo passou de 1,41 
bilhão para 1,55 bilhão entre 2005 e 2010, de acordo com a Enciclopédia 
Cristã Mundial. Nesse período, eles avançaram de 21,8% para 22,5% da 
população mundial.
O aumento dos fiéis muçulmanos durante o 
pontificado de Bento 16, de 140 milhões, é quase o dobro do registrado 
pela Igreja Católica no período, que foi de 75 milhões de pessoas, 
sobretudo em países da África e da Ásia.
Os evangélicos, que já são a segunda maior 
corrente dentro do cristianismo, vêm registrando um crescimento 
expressivo e também rápido nos últimos anos.
Em 2005, havia cerca de 500 milhões de 
evangélicos (entre pentecostais, neopentecostais e carismáticos) no 
mundo, de acordo com a Enciclopédia Cristã Mundial.
Eles representavam cerca de um quarto da 
população cristã global (2,1 bilhões em 2005). Em 2010, o número de 
evangélicos pulou para 583,2 milhões, um aumento de quase 17% no 
período.
Em 2005, os evangélicos totalizavam 7,3% da 
população mundial. Cinco anos depois (e 390 milhões de pessoas a mais no
 mundo), eles já haviam pulado para quase 9% da população global.
O Brasil, que possui a maior população católica 
do mundo (133,6 milhões), superior à da Itália, França e Espanha 
reunidas, se tornou também, devido aos evangélicos, o segundo maior país
 cristão do mundo, afirma o Pew Research Forum, dos Estados Unidos.
Segundo dados divulgados pelo IBGE no ano 
passado, o número de evangélicos no Brasil cresceu 61% entre 2000 e 
2010, subindo de 26,2 milhões para 42,3 milhões no período.
A proporção de evangélicos em relação à população brasileira avançou de 15,5% para 22,2%, de acordo com o IBGE.
O número de católicos, no entanto, foi reduzido 
de 73,6% dos brasileiros para 64,6% nesse prazo de dez anos. A população
 total do Brasil, segundo o censo de 2010 do IBGE, é de 190 milhões de 
pessoas.
Globalmente, os evangélicos representam a grande maioria dos pouco mais de 800 milhões de protestantes no mundo.
Os católicos totalizavam em 2010 cerca da metade
 dos quase 2,3 bilhões de cristãos que existem no mundo, de acordo com 
dados da Enciclopédia Cristã e do estudo Panorama da Religião Global, do Pew Research Forum, publicado em dezembro passado.
                     
Os cristãos em geral continuam representando, 
desde 2005, cerca de 32% da população global, segundo a Enciclopédia 
Cristã Mundial.
Na Europa, o número de católicos também vêm caindo progressivamente nos últimos anos, segundo estudos.
De acordo com o European Values Study, o número 
de católicos em 2008 (último dado disponível) era de apenas 36,7% da 
população do continente. Duas décadas antes, era mais de 60%.
O desenvolvimento de um espírito crítico em 
relação à religião, o individualismo decorrente da progressão social e o
 um estilo de vida mais urbano são fatores apontados por especialistas 
para explicar o declínio da prática religiosa cristã na sociedade 
europeia.
 

 
 
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