Ainda
em entrevista publicada no Jornal de Hoje, Dom Jaime afirmou que a
orientação da Igreja é que os padres não devem se envolver com a
política partidária. Ele se referiu à orientação dada recentemente pela
Igreja no sentido de proibir a candidatura de padres no Rio Grande do
Norte. “Lembro-me do tempo em que a Igreja tinha seus representantes na
vida pública, mas a realidade de hoje se apresenta de um modo diferente.
Foi João Paulo II que tomou essa decisão de afastar os padres da
política partidária, por ver que seria algo próprio do leigo e não dos
padres”, lembrou.
Indagado se esta decisão não restringiria uma participação mais ampla
dos líderes da Igreja na transformação da sociedade, Dom Jaime afirmou
que isso foi antigamente e que os tempos são outros, de dedicação
exclusiva dos clérigos aos postulados da Igreja Católica. “O padre, numa
paróquia do interior, dentro da sua liderança normal, tinha que atender
às necessidades fundamentais da comunidade, como construir um colégio,
um hospital, promover algum meio de comunicação. Era a paróquia que se
apresentava como a grande porta que deveria se abrir para as
necessidades de uma população”, recordou.
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