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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

DOM JAIME VIEIRA ROCHA DAR ENTREVISTA AO DIÁRIO DE NATAL

De férias em Natal, aproveitando um período de descanso antes de assumir o cargo mais elevado da Igreja Católica no Rio Grande do Norte, Dom Jaime Vieira Rocha concedeu uma entrevista exclusiva ao Diário de Natal/O Poti, no alpendre da casa de praia, em Jenipabu, do ex-governador Geraldo Melo. Dom Jaime tomará posse no dia 26 de fevereiro, em substituição a dom Matias Patrício. "É uma nova missão que a igreja está me confiando. Também é hora de render o sentimento de gratidão a Deus, e de estar atento a tudo aquilo que estiver ao meu alcance. Acredito que com a graça de Deus cumpri a missão e deixo a Diocese de Campina Grande com muitas ações encaminhadas". Dom Jaime fala, na entrevista, da Agência de Desenvolvimento do Seridó e se orgulha dos frutos colhidos. E admite que os desafios que terá que enfrentar em Natal, que possui a 2º maior diocese do Nordeste em área territorial, serão, certamente, bem maiores. 




Perfil de dom Jaime

Dom Jaime Vieira Rocha é natural de Tangará, município potiguar, onde nasceu em 30 de março de 1947. Filho de José Patrício de Melo e Maria Nini Rocha, Dom Jaime fez os estudos de filosofia e teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo-SP. É formado, também, em Ciências Sociais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, e IBRADES, no Rio de Janeiro-RJ. Também fez o curso de Atualização para Formadores de Seminários, em Roma, Itália. 

Assumiu paróquia no dia 1º de fevereiro de 1975, quando foi ordenado padre, em Natal. Em 1995, foi nomeado Bispo da Diocese de Caicó. A ordenação episcopal aconteceu no dia 6 de janeiro de 1996, na Basílica de São Pedro, em Roma, na Itália, pelo então Papa João Paulo II. Escolheu como lema: "Scio Cui Crediti" (Sei em quem acreditei). Dom Jaime governou a Diocese de Caicó por nove anos - de 1996 a 2005. Em 2005 foi transferido para a Diocese de Campina Grande-PB, onde permaneceu até agora.

No período de 1997 a 2003, dom Jaime foi o Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para a Vida e a Família; de 2007 a 2008, acumulou o cargo de Bispo da Diocese de Campina Grande com o de Administrador Apostólico da Diocese de Guarabira-PB. Atualmente é o Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, do Regional Nordeste 2; e membro da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.

Com a aposentadoria compulsória de Dom Matias Patrício, especulou-se com vários nomes para sucedê-lo. O Sr. foi o eleito. Como é feita a escolha para arcebispo de Natal e como o Sr. se sentiu ao ser escolhido pelo Papa Bento XVI?

Em primeiro lugar devemos atentar para o contexto histórico e eclesiástico da Arquidiocese de Natal, que sempre teve como pastores ou dirigentes aqueles sacerdotes que pertencem ao seu próprio clero. Com a exceção do primeiro arcebispo de Natal, dom Marcolino Dantas, que era natural do estado da Bahia, todos o que se seguiram tiveram origem em terras potiguares e são oriundos do clero de Natal: Dom Eugênio Sales, Dom Nivaldo Monte, Dom Alair Vilar, Dom Heitor Sales, e o meu predecessor, Dom Matias Patrício. Eu me identifico e me sinto pertencente a esse mesmo clero, pois desde que ingressei no Seminário de São Pedro, em 1971, passei a integrar e a viver a vida da Igreja Católica de Natal.

Seria muitaousadia minha, e muito pretensioso, achar que o fato de ter passado por Natal e fazer parte dessa família eclesiástica seria motivo para eu ser, automaticamente, anunciado na função apostólica de arcebispo de Natal.

Como disse João Paulo II, em 1997, no documento de Aparecida, na Igreja não há nada como pressuposto nem descontado. Jamais seria pelo fato de eu ser parente de pessoas influentes ou ter vivido a minha vida inteira em Natal que eu conquistaria a posse do título, até porque essa não é bem a minha realidade. Já por ter sido nomeado fora dessas condições, a posse da Arquidiocese de Natal é muito importante para mim e anuncia um tempo de muito trabalho e boas novas para a entidade potiguar. Somos uma instituição divina, mas não deixamos de ter a ação humana dentro dos nossos umbrais, e por isso somos suscetíveis a falhas. Porém, essas falhas nos levam ao aperfeiçoamento e à busca pelo desenvolvimento do corpo eclesiástico natalense.

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