A passagem do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) por Mossoró, à semana passada (terça-feira, 6), em noite bastante concorrida, em que fez palestra, não teve sentido apenas institucional. Há uma aposta maior.
Sua presença, na cidade, revelou prestígio da líder da bancada do PSB na Câmara Federal, deputada mossoroense Sandra Rosado. Recém-eleito para presidente do partido, Campos aceitou instantaneamente o compromisso em Mossoró.
Por outro lado, é um sinalizador de que a Executiva Nacional do PSB coloca Mossoró como uma de suas prioridades nas eleições do próximo ano, por alguns fatores bem simples de compreensão.
A pré-candidata do partido à Prefeitura de Mossoró, deputada estadual Larissa Rosado, tem aparecido sempre com boa dianteira nas pesquisas eleitorais; o município tem posição geopolítica estratégica no Estado e no Nordeste. O PSB deve candidatura própria em pelo menos 1.500 municípios no Brasil.
Além disso, Eduardo Campos tem planos pessoais ousados para o futuro, que podem levá-lo a uma candidatura a presidência da República.
Há meses, que Campos já destina especial atenção à postulação de Larissa. Tem-lhe assegurado reforço em trabalhos de assessoramento técnico e é provável que esse apoio seja alargado, à medida que avance à disputa.
Setores da imprensa divulgaram com alarde que Eduardo Campos apostava numa composição PSB-PT para Mossoró.
De fato ele fez essa apologia em seu discurso, para uma plateia numerosa, de militantes e curiosos não apenas de Mossoró, mas de outras regiões.
Entretanto, a sua vontade não pode e nem deve ser tratada como uma certeza ou leve possibilidade. Ele “manda” no PSB, não no PT.
O PT de Mossoró deverá mesmo manter postulação do professor Josivan Barbosa a prefeito, não repetindo o enlace da eleição passada, quando indicou o vice de Larissa, Tércio Pereira.
Outro ponto a ser analisado, é quanto à suposta presença da presidente Dilma Roussef (PT) em Mossoró durante a campanha, para subir em palanque de Larissa. Acho difícil, se houver confirmação da candidatura de Josivan.
Por Carlos Santos
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