O senador Garibaldi Filho (PMDB) admitiu ontem em entrevista à imprensa que o PMDB pode ter candidatura própria ao Governo do Estado. Por enquanto, ele considera essa hipótese ainda remota. Tudo depende do resultado do imbróglio jurídico em que o PMDB está envolvido por conta das posições adotadas por ele e pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB), principais líderes da legenda. É que Garibaldi prefere o palanque da oposição e Henrique o governista e os dois não conseguem entrar num acordo. A solução encontrada pelos dois foi o PMDB não se coligar com nenhum partido na disputa majoritária (disputa para governador e senador) e se coligar com os partidos governistas na proporcional (deputados federal e estadual). No entanto, a saída esbarra no desinteresse dos partidos em se isolar da disputa, deixando o PMDB sozinho, inviabilizando a reeleição dos parlamentares da legenda. A situação se agravou ainda mais depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) editou resolução na qual os partidos que se coligarem na majoritária não podem se unir na disputa proporcional a partidos que estão isolados. Um exemplo: o PSB que tem candidatura própria ao governo que conta com o apoio do PR e PT não poderia se coligar ao PMDB, assim como os outros dois partidos. O senador mantém a esperança de encontrar uma solução para o problema, mas deixou claro que se não houver saída o PMDB terá candidatura própria. "Estou apoiando Rosalba porque o PMDB não tem candidato próprio, mas se houver alguma complicação jurídica vai prevalecer a preocupação com o PMDB. Rosalba teria que entender", explicou.
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