
Foto: Angelo Miguel/MEC
Ministro Santana também participou, entre as autoridades da mesa de honra, de assembleia universitária em comemoração aos 20 anos de transformação da antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró na Ufersa
Foto: Angelo Miguel/MEC
Nesta sexta-feira, 29 de agosto, a comitiva do Ministério da Educação (MEC) visitou a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). A instituição tem sede na cidade de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, e foi criada em 2005, por transformação da antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró. O ministro da Educação, Camilo Santana, também participou, entre as autoridades da mesa de honra, de assembleia universitária em comemoração aos 20 anos da criação da Ufersa.
Durante a cerimônia, Camilo Santana destacou o papel das instituições federais de ensino superior para a soberania nacional, por meio da pesquisa. “Um país, para se tornar soberano, precisa garantir investimento em educação, em ciência e em tecnologia”, afirmou. Na visita à Ufersa, Camilo Santana conheceu os espaços do Centro de Engenharias e o Prédio de Habilidades Clínicas e Simulação da Faculdade de Medicina, que une ensino e atendimento de saúde à população da região.
“Estar aqui me faz enxergar a importância da universidade pública para o nosso país, que é ajudar a solucionar os problemas da sociedade. E a universidade rural do semiárido é uma referência no Brasil, desde a antiga escola de agronomia. Hoje, vimos hoje o que há de mais moderno em engenharia e medicina, com pesquisas aplicadas que mudam a vida das pessoas. Aqui começou com 4 cursos e hoje já são mais de 40”, celebrou Santana.
A Ufersa produz e difunde conhecimentos com ênfase na região semiárida brasileira. Atualmente, segundo dados do último Censo da Educação Superior, a universidade possui mais de 15 mil estudantes, 744 docentes e 527 técnicos administrativos.
O MEC repassou para a universidade, com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), R$ 7,3 milhões, revertidos na construção do Centro de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo do Semi-Árido, no Campus Mossoró, que está em obras e deve ser entregue em novembro deste ano. O edifício possui um auditório, um pavilhão de exposição e espaços auxiliares, em uma área de mais de 4.750 m².
Além disso, outras seis estruturas acadêmicas, como salas de aula e moradia estudantil para o Campus Mossoró e outros campi da Ufersa, receberam aportes do Novo PAC e estão em fase de licitação ou ação preparatória. No total, o programa destinou R$ 24,7 milhões para a instituição.
Investimentos em RN – A soma dos recursos do Novo PAC investidos no estado chega a R$ 707 milhões. Além do orçamento destinado a ações de consolidação e expansão das universidades federais, no valor de R$ 108,7 milhões, serão contempladas outras etapas e modalidades de educação. A educação profissional e tecnológica recebe um aporte de R$ 88,6 milhões, também para consolidação e expansão de diferentes campi do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, incluindo a criação das unidades de Touros, São Miguel e Umarizal. No total, as obras do Novo PAC em universidades e Institutos Federais do Rio Grande do Norte beneficiarão 16 municípios. Para a educação básica, estão sendo repassados R$ 509,6 milhões, que possibilitarão a construção de 24 escolas de tempo integral e 50 creches, além da compra de 129 ônibus, beneficiando 129 cidades.
Expansão e consolidação nacional – Em 2024, o governo federal anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões para a consolidação e a expansão das universidades e dos Hospitais Universitários federais. O recurso é parte do Novo PAC e será dirigido à criação de 12 novos campi universitários, espalhados pelas cinco regiões do país, e a melhorias na infraestrutura de todas as 69 universidades federais. Além disso, repassou R$ 1,75 bilhão para a realização de obras em 31 Hospitais Universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos hospitais.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Superior
O Jornal Nacional, da TV Globo, vai ter mudanças na bancada a partir de 3 de novembro. William Bonner deixa os cargos de apresentador e editor-chefe e seguirá no Globo Repórter em 2026, ao lado de Sandra Annenberg.
César Tralli será o novo apresentador ao lado de Renata Vasconcellos, que permanece na bancada, e Cristiana Souza Cruz, atual editora-adjunta, será promovida a editora-chefe.
As mudanças também atingem outros telejornais da Globo. Roberto Kovalick assume o Jornal Hoje, substituindo Tralli, e Tiago Scheuer entra no Hora Um.
Bonner explicou que a decisão foi pessoal. “Não estou pronto para me aposentar, só estava precisando mudar de ares e ter uma rotina nova”, disse em almoço na sede da emissora, no Rio, ao lado de Tralli, Renata Vasconcellos, Sandra Annenberg, Cristiana Souza Cruz e diretores de jornalismo.
O jornalista entrou no Jornal Nacional em 1996, substituindo Sérgio Chapelin e Cid Moreira, e é o apresentador com maior tempo no programa, com 29 anos, contra 26 de Cid. Bonner afirmou que a decisão começou a ser tomada em 2020, durante a pandemia de Covid-19.
“Hoje em dia, a verdade não é mais tão importante, o que importa é a versão”, disse, citando a família como fator determinante para a saída. Dois de seus três filhos moram na França, e ele quer mais tempo para eles.
O diretor de jornalismo da Globo, Ricardo Villela, disse que Bonner manifestou o desejo de mudança há cinco anos. “Entendemos que era um movimento que exigia tempo para preparar um sucessor e entender o melhor lugar no jornalismo da Globo para o William.”
César Tralli, na Globo desde 1993, já foi repórter em São Paulo, correspondente em Londres e âncora na Globo e GloboNews. Ele assume a bancada do JN e deixará o Jornal Hoje e a edição das 18h do canal fechado para se dedicar ao noturno. Tralli afirmou que o trabalho de repórter continua presente em sua rotina: “Adoro apurar notícia”.
Renata Vasconcellos disse estar satisfeita com a parceria: “Nos momentos em que estivemos juntos, ele sempre se destacou pelo comprometimento e sensibilidade”. Tralli recebeu o convite oficial há cinco meses, mantendo segredo até mesmo da família, que ainda planeja a mudança para o Rio.
Tralli tem mais de quatro milhões de seguidores no Instagram, onde compartilha bastidores e momentos pessoais, sem comentar notícias. Villela comentou que o tipo de postagem do jornalista é positivo diante da disseminação de fake news.
Cristiana Souza Cruz, número dois do telejornal, assume o posto de editora-chefe em novembro. “São 29 anos de casa e eu estou envolvida com o Jornal Nacional em pelo menos metade desse tempo”, afirmou, citando funções anteriores na produção, edição, Nova York e GloboNews.
Há três décadas atuando na medicina, o gastroenterologista Guilherme Santiago percebeu, nos últimos anos, uma transformação drástica na relação entre médico e paciente. Segundo ele, cada vez mais pessoas chegam ao consultório pedindo exames desnecessários ou até mesmo sem motivo real para consultas. A partir dessa constatação, escreveu o livro Medicina Excessiva, vencedor do Prêmio Jabuti Acadêmico de Medicina 2025, em que alerta para os riscos de tratamentos e procedimentos dispensáveis.
Em entrevista à coluna GENTE, Santiago citou o caso das tomografias, exames solicitados com frequência, mas que em alguns contextos podem trazer mais prejuízos do que benefícios. “A radiação sofrida pelo paciente equivale a três anos de exposição natural. Um estudo recente publicado pela revista JAMA (Jornal da Associação Médica Americana) analisou os 93 milhões de exames de tomografia realizados em 62 milhões de pessoas nos Estados Unidos, em 2023. Utilizando um modelo matemático do Instituto Nacional do Câncer, previram que essa radiação pode significar 103 mil novos casos de câncer no país”, explica.
No campo tecnológico, Santiago também observa mudanças significativas. Consultas mais rápidas, diagnósticos remotos e até atendimentos mediados por inteligência artificial já fazem parte da rotina da saúde. Mas ele levanta uma reflexão: “Será que as novas gerações vão se contentar apenas com a informação dada pela inteligência artificial, ou continuarão demandando algo mais? Quando alguém adoece, surgem sentimentos humanos de carência e de necessidade de atenção”.
A discussão ganha peso diante de declarações como a do ex-executivo do Google, Jad Tarif, que recomendou aos jovens interessados em medicina priorizarem cursos ligados à tecnologia da saúde. Para Santiago, esse pensamento ignora a essência da profissão: “Empatia, compaixão, escuta atenta, capacidade de oferecer cuidado. A roda tecnológica gira rápido, mas existe algo muito valioso para o ser humano e para o médico: a atenção dedicada ao paciente, a calma para ouvi-lo e a disposição para interagir melhor”, defende.
VEJA
O prefeito de Caicó, Dr. Tadeu, anunciou nesta segunda-feira (1º) mais um avanço em direção à construção do Hospital Universitário do Seridó (HU).
Durante encontro com o diretor da Escola Multicampi de Ciências Médicas da UFRN, George Azevedo, o prefeito entregou a certidão cartorial que desmembra uma área do Parque de Exposições. O documento garante ao Estado a posse de 52 mil metros quadrados, que serão destinados ao projeto do hospital.
Segundo o prefeito Dr. Tadeu, o próximo passo será o envio do projeto de lei à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte para formalizar a doação do terreno à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), responsável pela elaboração dos projetos executivos da obra.
“Estamos muito felizes, porque essa é uma luta, especialmente da direção da Escola Multicampi. Agora, com a escritura do terreno entregue, só depende da Assembleia aprovar para que a UFRN dê início à fase de projetos”, destacou o prefeito.
O gestor relembrou ainda que a luta pela construção do HU começou antes de sua gestão, sendo constantemente reivindicada por professores, alunos e pela própria comunidade acadêmica. Em 2021, logo no início de seu mandato, o Dr. Tadeu buscou apoio em Brasília, mas na época não houve avanço.
A mudança de cenário ocorreu após articulações locais e estaduais, que sensibilizaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a direção nacional da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), dando o “sinal verde” para o início do processo burocrático.
“Se Deus quiser, com a permissão de Sant’Ana, teremos em breve a edificação do nosso Hospital Universitário do Seridó, um sonho que começa a se tornar realidade”, concluiu o prefeito.
01/09/2025 08h27
Foto: Chuttersnap/ Unsplash
A confiança da indústria exportadora no Brasil caiu significativamente nos últimos dois meses, consequência das tarifas implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país.
As informações foram divlugadas pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) nesta segunda-feira (1º).
Entre junho e agosto, o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) do setor caiu de 50,2 pontos para 45,6 pontos.
O índice varia de 0 a 100: valores acima de 50 indicam confiança; abaixo, falta dela. Isso significa que os empresários deixaram de confiar no setor nos últimos dois meses.
Segundo a CNI, a onda de pessimismo tem correlação evidente com o aumento das tarifas de exportação dos EUA, em vigor desde o dia 6 de agosto. Em junho, a queda foi de 1,7 ponto; em julho, 2,9 — totalizando 4,6 pontos de recuo no período.
O ICEI geral, que inclui empresas que vendem apenas para o mercado interno, está há oito meses em patamar negativo. Ainda assim, o ICEI exportador ficou abaixo da indústria doméstica que, em agosto, registrou 46,1 pontos.
“As taxas de juros elevadas penalizam o consumo dentro do país. Mas as empresas exportadoras, com a opção de vender para o exterior, contornavam a queda da demanda no mercado doméstico”, explicou Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI. Com o tarifaço, esse cenário mudou.
A CNI também apontou, na pesquisa, um movimento de queda no Índice de Expectativas, que mede o grau de confiança dos empresários quanto ao futuro da economia e dos próprios negócios nos próximos seis meses.
O indicador caiu 5 pontos no período: de 52,2 pontos para 47,2. Também houve migração do otimismo ao pessimismo.
O que está acontecendo
As tarifas de 50% impostas às exportações brasileiras entraram em vigor no começo de agosto. Apesar de incluir 700 exceções à regra, cerca de 55,4% das exportações ainda encaram o teto tarifário imposto pelos EUA, segundo estimativas do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
Em resposta à decisão do republicano, na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou o Itamaraty a acionar a Camex (Câmara de Comércio Exterior) para iniciar consultas para a aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica contra os Estados Unidos.
Ela estabelece critérios de proporcionalidade para a adoção de medidas em resposta a barreiras impostas a produtos e interesses brasileiros.
A CNI considerou que “não é o momento” de o Brasil aplicar a lei, e avalia que é preciso insistir no “uso de instrumentos de negociação” para reverter os efeitos negativos das tarifas norte-americanas sobre as exportações brasileiras.
Em nota, o presidente da CNI, Ricardo Alban, diz que agora é necessário “cautela e discussões técnicas”, e que uma comitiva liderada pela confederação, com mais de 100 líderes de associações e empresários industriais, desembarcará no começo da semana que vem em Washington para falar com empresários e representantes do poder público dos Estados Unidos.
“Precisamos de todas as formas buscar manter a firme e propositiva relação de mais de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos”, disse Alban.
CNN
01/09/2025 07h59
Foto: Márcia Foletto
O Brasil soma mais de 500 aeroportos públicos, mas só 137 registraram voos comerciais em julho, o que significa queda em relação aos 155 de igual mês de 2024 e aos 162 do mesmo período de 2023. Em um par de anos, o recuo supera 15%. Assim, apesar da expansão no volume de passageiros — com recorde histórico de 11,6 milhões em julho —, as dificuldades enfrentadas pela aviação civil estão restringindo a cobertura da malha de voos.
A oferta de voos pelas companhias aéreas é permanentemente ajustada conforme demanda, sazonalidade e outros fatores. A retração de destinos, porém, ocorreu também em março, quando 154 aeroportos registraram pousos e decolagens de linhas comerciais, segundo o Relatório de Oferta e Demanda da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em março de 2023 eram 163.
Desde a pandemia, as três grandes empresas aéreas do país recorreram ao Chapter 11, o equivalente nos EUA à recuperação judicial no Brasil. A Latam ingressou em 2020, concluindo a reestruturação em dois anos. A Gol percorreu o trâmite entre maio de 2024 e junho passado. Já a Azul iniciou o processo no fim de maio.
Reduzir custo e ajustar frota
Todas chegaram ao Chapter 11 com alto endividamento e necessidade de capital para manter as operações e fazer frente a obrigações, impactadas por prejuízos na pandemia. Para obter recursos e cortar débitos é preciso reduzir custos e reajustar a frota. Isso bate na oferta de voos e destinos. Latam e Gol passaram por isso. Depois, voltaram a crescer. Agora, é a vez da Azul.
Pelo plano de recuperação, a Azul busca US$ 1,6 bilhão em financiamento e até US$ 950 milhões em aportes, com foco em cortar mais de US$ 2 bilhões em dívidas. Entre as medidas para isso está a redução em 35% da frota futura.
Em fevereiro e março, a empresa suspendeu operações em 14 aeroportos. Em 13 deles, era a única empresa voando. Explicou que havia desequilíbrio entre receita e custos nesses mercados. E, em paralelo,ampliou frequências em outros que permitem uso mais eficiente da frota.
‘Interior é vulnerável’
Na apresentação de resultados do segundo trimestre, a companhia destacou que a revisão da malha é feita para “maximizar a rentabilidade e a geração de caixa”. O foco está em ter malha única, “sem concorrência direta em 83% das rotas, o que representa mais de 70% da receita”, constituindo vantagem competitiva. Dos 137 aeródromos com voos em julho, a Azul atuava sozinha em mais de 47% deles.
— A Azul, por ser monopolista em diversas rotas, causa dependência das localidades a sua malha aérea. Ajustes afetam a forma como o interior do Brasil é servido, o que mostra uma sensibilidade maior na recuperação judicial da companhia — diz Alessandro Oliveira, especialista do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). — O interior é muito vulnerável a esse tipo de choque, e aí não é só a recuperação judicial, mas quando o dólar e o preço do petróleo sobem, quando a empresa tem de trocar a aeronave da rota.
A Azul explicou que toda adequação é avaliada para “garantir a sustentabilidade de suas rotas, mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda”, considerando fatores como aumento de custos operacionais e o processo de reestruturação”. E que o ajuste de malha permite chegar a novos destinos. Na próxima alta temporada, ela terá 3,6 mil voos adicionais. Do início do ano para cá, porém, a malha encolheu de mais de 160 para 137 destinos.
Há limitações comuns a todas as empresas, como o alto custo de operação no país e a escassez de aeronaves e peças de reposição no mercado global, sob efeito do período da Covid-19. Com a demanda aquecida, aviões estão lotados, com ocupação média perto de 86%, o que pressiona tarifas.
O Globo
01/09/2025 07h57
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
A maioria das emendas pagas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2025 corresponde a transferências relacionadas com anos anteriores. O dado, obtido através de levantamento do Metrópoles com dados do Siga Brasil, ilustra a pressão que o Executivo tem sofrido para dar vazão à verba de deputados e senadores que ficou esquecida nos cofres da máquina pública.
Ao todo, o governo pagou R$ 16,3 bilhões em emendas parlamentares em 2025. Desse total, apenas R$ 6,8 bilhões (42,3%) corresponde a transferências previstas no Orçamento deste ano. O restante, R$ 9,4 bilhões (57,7%), é referente a rubricas definidas por congressistas de 2024 para trás.
Líderes partidários da esquerda à direita têm reclamado pelos corredores do Congresso que constantemente precisam bater à porta de ministérios com pires em mãos, cobrando o pagamento de emendas de anos anteriores que não foram desembolsadas pelo governo. E afirmam que vêm perdendo as esperanças sobre a execução das rubricas previstas para este ano.
O temor é que suas bases eleitorais fiquem desabastecidas num ano pré-eleitoral, o que atrasaria a execução de obras nos estados. O financiamento de equipamentos e ações públicas em prefeituras aliadas é uma ferramenta valiosa, sobretudo para os parlamentares do Centrão, na busca pela reeleição.
Nesse sentido, lideranças partidárias têm destacado que o Congresso não tem conseguido executar sua verba. Nesse sentido, chama a atenção que R$ 7,8 bilhões (47,89%) das emendas pagas este ano representam rubricas de 2023 e 2024, os dois primeiros anos do governo Lula 3.
Seca de emendas colaborou para derrota de Lula
A insatisfação com o ritmo de pagamento de emendas pelo governo federal foi citado pelo Centrão como um dos motivos que levou parlamentares do grupo a se aliarem à oposição na reviravolta da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Planalto foi pego de surpresa quando bolsonaristas conseguiram emplacar o senador Carlos Viana (Podemos-MG) na presidência do colegiado.
A avaliação de integrantes da oposição, que articularam pela eleição dos dois nomes da oposição, é que a eleição de Viana à presidência e do deputado Alfredo Gaspar (União-AL) serviu como demonstração de força da direita, que estava fragilizada depois da ocupação dos plenários em protesto pela prisão domiciliar de Bolsonaro, mas também dos próprios parlamentares diante do governo.
Apesar disso, o Planalto arrochou a torneira de liberação de emendas após sofrer o nocaute. O governo federal segurou o ritmo de pagamento dos recursos parlamentares na quarta-feira (20/8), dia da abertura do colegiado, e na última quinta-feira (22/8), dia seguinte à surpresa na votação da presidência e relatoria do órgão.
Metrópoles
atualizado
A deputada democrata Alexandria Ocasio-Cortez pediu que o governo dos Estados Unidos dê explicações a respeito das tarifas aplicadas contra o Brasil. A alíquota adicional contra os produtos brasileiros foi imposta depois de a Casa Branca classificar as ações do governo do Brasil como ameaças à segurança nacional, à política externa e à economia norte-americana.
“O secretário de Defesa submeterá ao Congresso um relatório contendo os resultados de uma avaliação sobre se a imposição de tarifas ao Brasil em resposta a processos judiciais conduzidos de acordo com a lei brasileira e as normas constitucionais apoia os objetivos de segurança nacional dos Estados Unidos na região mais ampla e globalmente”, solicita a deputada democrata.
A Casa Branca alegou que o tarifaço está relacionado a ações judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, segundo Trump, configurariam censura e perseguição política ao ex-chefe do Executivo.
Dessa forma, Alexandria Ocasio-Cortez questionou a aplicação da nova alíquota e se essa medida realmente é de interesse da segurança nacional dos Estados Unidos e como essa ação afeta a relação entre os dois países.
Segundo dados do governo norte-americano, o superávit comercial dos EUA com o Brasil em 2024 foi da ordem de US$ 7 bilhões, somente em bens. Somados bens e serviços, o superávit chegou a US$ 28,6 bilhões no ano passado. Trata-se do terceiro maior superávit comercial daquele país em todo o mundo.
Alexandria Ocasio-Cortez é conhecida pelo trabalho realizado em defesa dos imigrantes. Ela é natural Nova York, de mãe porto-riquenha, que trabalhou durante anos como empregada doméstica
Por Metrópoles