terça-feira, 1 de julho de 2025
A “galinhada” de José Agripino reuniu Paulinho Freire e Nina Souza, além de outros

O tradicional restaurante Totoia, localizado no bairro do Alecrim, em Natal (RN), foi palco de um almoço que movimentou os bastidores políticos neste domingo (29). O encontro reuniu o presidente da Câmara Municipal de Natal, Paulinho Freire, o senador e 1º vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL), além da primeira-dama da capital, Nina Souza — pré-candidata a deputada federal — e da ex-primeira-dama Anita Catalão, esposa do ex-senador José Agripino Maia e outros convidados.
A reunião ganhou ainda mais repercussão após o próprio José Agripino, um dos articuladores políticos mais experientes do estado, publicar fotos do encontro em suas redes sociais. A presença de nomes influentes e as constantes conversas entre Agripino e Paulinho nos últimos dias reforçam os sinais de articulações em curso com vistas às eleições de 2026.
Mais do que uma boa galinhada — considerada uma das melhores de Natal —, o almoço no Totoia parece ter servido também para fortalecer alianças e abrir espaço para futuras movimentações no tabuleiro político potiguar.
Jaime Calado conversa com José Agripino

O ex-senador José Agripino Maia, atual presidente da federação União Brasil/Progressistas no Rio Grande do Norte, esteve reunido com o prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado. A conversa chamou atenção nos bastidores políticos do estado, especialmente diante do atual cenário de articulações para 2026.
Jaime, que é esposo da senadora Zenaide Maia (PSD), pode estar sendo peça-chave em uma possível costura política envolvendo o nome do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra — pré-candidato ao Governo do Estado. Allyson já declarou apoio à reeleição de Zenaide ao Senado, e a aproximação entre esses nomes deve ter sido o principal tema da conversa.
Com encontros frequentes e discretos, Agripino tem demonstrado que segue atuante na articulação política potiguar. A reunião com Jaime reforça os sinais de reposicionamento de forças e alianças que começam a se desenhar com vistas às eleições de 2026.
Parnamirim (RN): Dr. César Maia não descarta candidatura à Assembleia Legislativa em 2026

O presidente da Câmara Municipal de Parnamirim, vereador Dr. César Maia (MDB), admitiu a possibilidade de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026. Em declaração recente, o parlamentar afirmou que o momento é de “escutar, conversar e avaliar com responsabilidade”, reforçando seu compromisso com Parnamirim e com o povo potiguar.
Sem cravar uma pré-candidatura, Dr. César destacou que mantém diálogo com o vice-governador e presidente estadual do MDB, Walter Alves, além de representantes de outras siglas partidárias. A movimentação do vereador o coloca entre os diversos nomes que já se articulam nos bastidores visando o próximo pleito estadual.
O cenário para 2026 tende a ser marcado por forte disputa e grande número de postulantes, especialmente no campo legislativo, o que já começa a desenhar um tabuleiro político bastante congestionado no Rio Grande do Norte.
Governo Lula decide brigar no Supremo para reverter a derrubada do IOF
01/07/2025 06h27
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
O governo federal decidiu, nesta segunda-feira (30), acionar a Justiça contra a derrubada do decreto que estabelecia novas regras de cobrança para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O decreto foi divulgado no dia 11 de junho e derrubado em votação no Congresso Nacional na última quarta-feira (25).
A decisão do governo será efetivada por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que deve protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), ainda nesta terça-feira (1º/7). A AGU já vinha fazendo a análise do caso para embasar a decisão do governo.
Novela do IOF
No dia 22 de maio, o governo federal publicou um decreto estabelecendo a cobrança de IOF em operações e investimentos antes isentos, além de aumentar alíquotas em transações sob as quais já havia incidência do tributo.
Horas depois de publicar o decreto, após uma reação forte e negativa de agentes do mercado financeiro e do Congresso, o governo federal fez alterações no decreto, recuando em alguns pontos.
Desde então, governo federal e parlamentares discutiam uma saída para a questão. Após uma série de reuniões, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegaram a sinalizar um acordo, mas os rumos mudaram.
Em meio à retomada do atrito entre Congresso e Executivo, o governo federal emitiu um novo decreto do IOF, no dia 11 de junho deste ano.
Na última quarta-feira, o Congresso aprovou um decreto legislativo que anulou os efeitos do decreto emitido pelo governo federal em 11 de junho.
Desde a semana passada, o ministro da AGU, Jorge Messias, já havia recebido a incumbência de estudar o assunto e elaborar o texto das contestações à decisão do Congresso, com o intuito de restabelecer a validade do decreto assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 11.
Até esta segunda, ministros do governo se dividiam sobre a possibilidade de acionar a Justiça contra a derrubada do decreto. O entendimento é de que a decisão sobre alíquotas de impostos cabe, exclusivamente, ao Executivo, portanto a medida do Congresso seria inconstitucional. No entanto, o custo político da judicialização também foi colocado em pauta.
Embate com o legislativo
Na sexta-feira (27/6), primeiro dia após a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia sinalizado a disposição de um embate com o Legislativo.
“Não é hora de se recolher (…). Agora é hora de vestir o uniforme do embate, do bom debate público, do debate político, da disputa por ideias, por futuro, com as nossas armas, que é o conhecimento, a empatia, o bom senso (…)”, disse Haddad.
Nesta segunda, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que, até então, uma possível judicialização do caso, não representaria uma afronta aos deputados e aos senadores contra as mudanças no IOF.
“Ninguém pode impedir ninguém de ir à Justiça. Se ele decidir ir à Justiça, não há nenhuma afronta, é continuar brigando por aquilo que ele acha que é o direito dele”, explicou Jaques.
Metrópoles
Chefe dos Correios é pressionado pelo Planalto a demitir funcionários
01/07/2025 06h01

Com o cargo na mira do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o atual chefe dos Correios, Fabiano Silva, também enfrenta forte pressão por parte do próprio Palácio do Planalto.
Em conversas recentes com aliados, Fabiano relatou ter recebido uma sugestão da Casa Civil para demitir cerca de 10 mil funcionários e vender imóveis que são patrimônio dos Correios.
Pelos números apresentados no encontro, essas duas ações poderiam render aproximadamente R$ 2 bilhões aos cofres da estatal, que fechou 2024 com um prejuízo recorde de R$ 2,6 bilhões em 2024.
A coluna apurou que as sugestões foram dadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, ao chefe dos Correios em uma reunião em meados de junho. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, participou da conversa.
De acordo com relatos, a reunião foi marcada por um clima tenso entre Rui e Fabiano. Procurado pela coluna por meio de sua assessoria, o ministro da Casa Civil não respondeu. O espaço segue aberto.
Apesar da sugestão de Rui, o presidente dos Correios não pretende adotar as medidas. A ideia dele, segundo aliados, é demitir apenas os funcionários que aderiram ao recente Programa de Demissão Voluntária (PDV).
Fabiano tem dito a interlocutores, de acordo com relatos à coluna, que não quer entrar para a história como o presidente dos Correios que abriu caminho para a privatização da empresa.
Metrópoles
Brasil enviará carta à “The Economist” após críticas a Lula
01/07/2025 05h57
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O governo brasileiro prepara uma carta à revista britânica “The Economist” após uma a publicação de uma reportagem apontar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perde influência no exterior e popularidade interna.
A publicação afirma que, sob Lula, o Brasil se distancia das democracias ocidentais e dos Estados Unidos. E critica o presidente brasileiro por não fazer gestos para buscar proximidade com o presidente americano Donald Trump.
A reportagem cita como exemplo a condenação, pelo Ministério das Relações Exteriores, ao ataque dos Estados Unidos a complexos nucleares do Irã.
A correspondência é assinada pelo chanceler Mauro Vieira e será encaminhada à revista pela embaixada brasileira em Londres.
Segundo apurou a CNN, o ministro das Relações Exteriores deverá defender o posicionamento do Brasil sobre os ataques ao Irã e reforçar a defesa contra a “violação da soberania” e em favor do respeito ao direito internacional, ambos mencionados na declaração sobre o ataque norte-americano.
A carta deverá também destacar a coerência dos posicionamentos do presidente Lula e a tradição da diplomacia brasileira.
O texto deverá reiterar o posicionamento histórico do Brasil em favor do “uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos”, bem como a rejeição “com firmeza de qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio”.
O Itamaraty também deverá argumentar que ações armadas contra instalações nucleares representam uma “grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”.
Na resposta à The Economist, o Brasil deve evitar comentar as críticas sobre o distanciamento de Lula em relação a Donald Trump e ao presidente da Argentina, Javier Milei. Tampouco deverá abordar a questão da impopularidade interna do presidente.
CNN – Jussara Soares